A mescla reforça a empreitada de Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, pela reeleição. Vinícius Miguel se mantém como principal opositor

Na manhã deste sábado (26) acontece provavelmente o ato mais importante em termos de prévia das eleições de 2022.

No auditório de uma faculdade particular da Capital o grupo que gira em torno do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, do PSDB, mescla-se à unidade envolta ao Palácio Rio Madeira.

Isto, reforçando a patota orbitando o intento de Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, em regressar às rédeas do Executivo estadual após garantir a reeleição – segundo suas melhores pretensões.

Com a debandada de um cacique importante, cheio de votos, como Confúcio Moura, do MDB, e a indefinição do caso Ivo Cassol, do Progressistas, no Supremo Tribunal Federal (STF), a figura do advogado e professo universário Vinícius Miguel, do Cidadania, surge no horizonte como principal peça de oposição ao plano construído por tucanos e conservadores.

Porque ele, diferente de Léo Moraes, do Podemos, diz sem titubear que deseja de fato participar do pleito e concorre mais uma vez numa disputa majoritária. Moraes, mais cauteloso, espera as peças se movimentarem para ver como ficaria no tabuleiro: essa indefinição, por vezes, embora soe como tentativa de não “queimar a largada”, por vezes faz o “arroz queimar” tamanha demora em “tirar a panela do fogo”.

Vendo por uma perspectiva mais dicotômica, menos diluída, o caldo engrossou para o lado de Miguel: ainda que forme uma fortíssima coalizão de esquerda visando o Poder, seus antigos parceiros de administração aparecem como fermento primordial à massa governamental.

Chaves comprovou ter sua fatia significativa de adesão dentro do eleitorado rondoniense; os irmãos Carvalho, Maurício, o vice-prefeito, e Mariana, deputada federal, idem.

O senador Marcos Rogério, do PL, sabujo do Planalto, depende do aceno de Jair Bolsonaro para se lançar postulante ou não, recaindo, portanto, na mesma gaiola de Léo Moraes, freado por frequentes indefinições.

Ainda assim, aquela tempestade bolsonarista que varreu o Brasil perdeu o prazo de validade. Não basta mais entoar o nome do presidente da República pra ser eleito. Daí exsurge a necessidade de vinculação entre patotas distintas outrora completamente avessas umas às outras.

De qualquer maneira, essa movimento do pessoal do Tancredo Neves em direção à gente do Rio Madeira telegrafa uma mensagem clara: a ideia é eliminar a fatura rapidamente, se possível no primeiro turno.

Fonte: rondoniadinamica