Reforço se identifica como um jogador ofensivo; assista à entrevista
O lateral-direito Auro foi apresentado nesta quinta-feira como reforço do Santos. O jogador recebeu a camisa 27 das mãos do executivo de futebol, Edu Dracena. Logo na chegada, o atleta de 26 anos destacou que o Peixe sempre se notabilizou pelo jogo ofensivo e que isso foi um dos atrativos para ele.
– É muito fácil falar do Santos. Quando soube do interesse, não pensei duas vezes. Venho mostrar meu trabalho, meu potencial. Acredito que sou um jogador que tem muito ainda a mostrar. Santos é o Santos. Sempre acompanhei. Ouvi falar bem tanto na base quanto no profissional. É um clube ofensivo e onde gostaria de jogar, porque é a minha característica – disse o jogador.
Auro disse que é um jogador ofensivo, mas que vem tentando melhorar na defesa.
– Minha ida ao Toronto me fez aprender mais a parte tática, defensiva. Minha característica é atacar, com intensidade. Porém, quando o treinador pedir para ficar, segurar mais, posso fazer. Minha vinda é para um clube com o qual me identifico, que desde a base é para frente. Quando soube do interesse, não pensei duas vezes para vir.
Além da identificação com o DNA ofensivo do Santos, Auro disse que vê com bons olhos o estilo de jogo proposto pelo técnico Fabián Bustos, novo comandante da equipe.
– Não conhecia o treinador, mas agora, com esses dias treinando, percebi que ele gosta muito de jogar com a bola, de atacar. E também dá muita liberdade para os laterais apoiarem pelo corredor. É um treinador que gosta muito de intensidade, o tempo todo. Acho que vai dar muito certo no Santos. Estamos fazendo o máximo possível para fazer o que ele está pedindo.
O lateral-direito também já se colocou à disposição para atuar contra a Ferroviária, neste sábado, pela décima rodada do Campeonato Paulista. Os times se enfrentam às 18h30, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara.
– Estou disponível para sábado, mas depende da comissão técnica, do treinador. Estou 100%. Não sei quantos minutos posso atuar. Isso tem que ser conversado, porque faz um tempinho que não atuo. São três meses sem jogar. É para não ter nenhum tipo de lesão para a sequência do campeonato. Mas estou disponível.
prendizado no Toronto
– Fiquei quatro anos no Toronto, onde cresci como pessoa e jogador. Hoje eu vejo que evoluí na parte tática, na parte defensiva. Sei o exato momento de atacar, de defender. Agregou muito minha ida ao Toronto, onde trabalhei com treinadores que me ajudaram muito nessa evolução.
Pré-temporada no Santos
– A MLS é uma liga que, se você não conseguir disputar o playoff, termina muito cedo. Ano passado, o Toronto não conseguiu. A temporada terminou na segunda semana de novembro. Fiquei praticamente parado até voltar ao Toronto na segunda semana de janeiro. Foram quase três meses de férias. Quando eu voltei, teve o interesse do Santos. Treinei três dias na pré-temporada e vim para o Santos. Conversei com o departamento médico para realizar uma mini pré-temporada. O prazo era de três semanas, nós antecipamos e conseguimos bater a meta. Estou bem fisicamente. Tecnicamente, não sei, porque são três meses sem jogar futebol oficialmente.
Problema no púbis e cirurgia no joelho
– Foi apenas um desconforto que ocorreu em novembro e, de lá para cá, não teve nada. Está tudo bem. A minha demora para poder estar 100% foi mesmo física, porque fiquei três meses parado. A questão do meu joelho foi em 2017, quando operei. Muitos anos já se passaram e nunca teve nenhum problema. Só essa questão do púbis foi um desconforto. Mas pelo tempo de férias que tive, quando vim para o Santos tive que fazer essa mini pré-temporada para poder fazer fortalecimento, estar bem fisicamente. Não me incomoda. Não é algo que atrapalhe.
Até aonde o Santos pode chegar
– O professor gosta muito de utilizar os laterais, jogar aberto e ofensivo. Creio que com minha característica será muito bom, porque gosto de apoiar, gosto de fazer dois contra um e fazer passes, cruzamentos, ir por dentro também. Será muito bom para mim. Com o Santos, nós temos que pensar o mais alto possível. Sabemos que nesse momento está um pouco complicado, mas é o Santos. Podemos estar (em fase) ruim agora, mas é ganhar dois ou três jogos e estar lá em cima de novo. O que tiver na frente, tem que disputar, ganhar partidas e títulos. O Santos é um clube gigante. Temos que pensar grande. O que vier, temos que lutar, bater de frente. Com todas as dificuldades que existem, mas temos que pensar grande, lá em cima.
Disputa com Madson
– Como em todos os clubes, sempre vai ter aquela briga sadia, de querer jogar, mas sempre respeitando o companheiro. O Madson é um grande jogador, um cara experiente. Óbvio que daremos o melhor em treinamentos e jogos. Quem vai decidir é o treinador. O importante é estarmos alinhados para tirar o melhor, e quem vai decidir é o técnico.
Contrato com Toronto até dezembro
– Tive uma renovação em dezembro com o Toronto. Tinha terminado meu contrato, veio treinador novo e quiseram renovar por mais um ano, até dezembro de 2022. Nisso, o Santos veio conversar comigo. Vim por empréstimo. Termina em dezembro meu contrato com o Toronto, mas com opção de renovação. Isso vai depender do dia a dia, do meu futebol, da minha qualidade. Não adianta pensar em fazer novo contrato em dezembro sendo que eu nem ainda mostrei meu futebol. Isso é para o futuro. Agora é focar em treinos e jogos, no dia a dia, me dedicar ao máximo. Aí, se for para ficar, eu fico. Se for para voltar ao Toronto, eu volto. Se for para outro lado, eu vou. Vida que segue.
Atuar em outras funções
– No Toronto, minha posição oficial era lateral-direito. Porém, em alguns jogos atuei como lateral-esquerdo, no meio como segundo volante. Mas, se o treinador pedir para fazer alguma função, darei meu melhor, o máximo, como sempre faço. Porém, teve alguns jogos em que precisava de meio-campo e não tinha. Fiz alguns jogos como meia, como lateral-esquerdo. Mas se me perguntar como eu quero jogar, é de lateral-direito.
Fonte: ge