Com patrimônio de R$ 12,8 milhões, declarados à própria Justiça Eleitoral, o senador Acir Gurgacz (PDT) utilizou R$ 318 mil do fundo público de campanha para bancar custos de contratos com empresas pertencentes à sua esposa, Ana Maria Gurgacz, e seu pai, Assis Gurgacz. A relação consta na prestação de contas do candidato pedetista à reeleição, cujo registro de candidatura foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque o parlamentar foi condenado a prisão e incluso na Lei da Ficha Limpa. A legislação eleitoral não proíbe a utilização desses recursos com pessoa jurídica ligada ao candidato, mas a decisão final do julgamento cabe ao juízo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), após ouvir a recomendação da Procuradoria Regional Eleitoral.
Na relação de despesas de campanha apresentada ao TRE constam pagamentos à Editora Diário da Amazônia, que tem uma das sócias a esposa de Acir, Ana Maria. O próprio candidato apresenta em sua declaração de bens que também é dono do negócio por possuir “quotas de capital na firma Diário da Amazônia Ltda, integralizado R$ 121.478,07 proveniente de reserva de capital em nome da cônjuge Ana Maria Gurgacz”. O Diário rodou tabloides para os grandes municípios e cobrou do comitê financeiro de Acir o valor de R$ 46.200,00.
Outro caso de favorecimento as empresas da família foi o aluguel de 15 ônibus por R$ 192 mil à empresa Rondon Agência de Viagens e Turismo Ltda. Essa firme funcionou como sublocadora dos veículos, cujo proprietário real é a Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo Ltda (Eucatur). A Rondon Agência e a Eucatur fizeram um contrato de aluguel dos ônibus, e posteriormente, esses carros foram alugados para campanha de Acir. O proprietário da Eucatur é o pai de Acir, Assis Gurgacz.
Fonte: Rondoniagora