O inquérito contra Bolsonaro foi aberto pelo Supremo, em agosto do ano passado, após o chefe do Executivo divulgar as informações sigilosas em live e nas suas redes sociais
O procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manter a investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo vazamento de dados do inquérito sigiloso que apura o ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.
No documento — enviado à Corte em 13 de outubro passado, mas que estava sob sigilo —, Aras reconhece que Bolsonaro revelou documentos sigilosos. “Os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação, inclusive para se chegar à alegada atipicidade”, escreveu o PGR.
O inquérito contra Bolsonaro foi aberto pelo Supremo, em agosto do ano passado, após o chefe do Executivo divulgar as informações sigilosas em live e nas suas redes sociais. Moraes, relator do caso, atendeu a um pedido do TSE, que apontou eventual crime do presidente previsto no Código Penal. Na última sexta-feira, Bolsonaro deveria ter prestado depoimento à Polícia Federal, conforme determinou o magistrado, mas não compareceu.
Fonte: CorreioBraziliense