Está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro a decisão final sobre se o senador Marcos Rogério será ou não candidato ao Governo de Rondônia. A questão é muito simples, embora, é claro, não se fale abertamente sobre ela. Caso o jovem político, que se destacou como ferrenho defensor do Presidente e seu Governo, na CPI do Circo, seja convidado para ser ministro a partir de março, é provável que ele aceite o desafio e parta para o sacrifício, abrindo mão da sua candidatura, bastante viável, na sucessão rondoniense. Caso o convite seja para ser líder do governo no Senado, situação que parecia a mais próxima de se realizar, ao menos até este final de semana, então Rogério se sentirá pronto para entrar na briga pela cadeira de Marcos Rocha. Alguém deu a informação? Obviamente que não. Esse tipo de situação na política não se comenta, nem sob tortura, apenas para usar um exemplo exagerado. Mas, nos bastidores, é o que se ouve com insistência. Outra questão que, essa sim, está fechada e é oficial, numa situação, aliás, anunciada nesse Blog há longo tempo, é a união referendada entre pesos pesados da política rondoniense. Seja qual for a decisão de Marcos Rogério, ele terá ao seu lado o candidatíssimo a senador Expedito Júnior e o ex-presidente da Assembleia Legislativa e candidato à reeleição, Laerte Gomes. A expectativa de que o PL de Rogério se una, em nível nacional, com o PSD, dirigido no Estado pelo deputado federal Expedito Netto, que obviamente também estará no mesmo grupo, será confirmada por aqui, com Laerte, hoje no PSDB, aproveitando a janela de março e indo também para o PL. O trio caminhará unido e isso foi acordado num encontro desta sexta-feira.
O dedo de Bolsonaro na disputa em Rondônia, onde ele já avisou, há algumas semanas, que não tomaria partido no primeiro turno, pode fazer com que, ao invés de três, apenas dois dos seus aliados estejam na disputa de outubro. O primeiro deles é Marcos Rocha, que aliás se candidatou a Governador a pedido do próprio Bolsonaro, em 2018 e é seu parceiro de primeira hora. O outro é Ivo Cassol, que ainda depende do STF para confirmar sua candidatura, o que pode acontecer nesta próxima semana. Pela oposição, por enquanto há a confirmação de Anselmo de Jesus, do PT. Léo Moraes, do Podemos, ainda não se postou oficialmente como concorrente, embora este seja seu Plano A. Confúcio Moura, outro nome entre os mais fortes para a corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA, o grande sonho do MDB rondoniense, ora pensa em entrar na briga, ora prefere ficar no Senado. Enquanto todas essas questões mexem com a estrutura da política estadual, o que se ouve é que o assunto relacionado com o futuro de Marcos Rogério deva ser decidido nos próximos dez dias. E ele passa pelas decisões de Jair Bolsonaro. O que ele fará? Ah, responder a essa pergunta é apenas fazer elucubrações e exercício de futurologia. Mas a resposta, todos saberemos em breve.