Botafogo conquistou a segunda vitória em dois jogos atuando com o time principal na temporada 2023. O triunfo por 2 a 0 sobre o Madureira, nesta quinta-feira, pela 4ª rodada do Campeonato Carioca, mostrou duas faces: no primeiro tempo, uma equipe desconexa, ainda longe de um desempenho na média; na etapa complementar, um time mais agressivo, com uma atuação superior e que construiu o resultado de forma natural.

Se os primeiros 45 minutos foram de marasmo, a segunda metade do duelo animou. Não à toa, a equipe comandada por Luís Castro deixou o gramado do Estádio Luso-Brasileiro sob aplausos da torcida nas arquibancadas.

Mas o processo não está completo. Longe disso – e o próprio português sabe disso. Ainda é um Botafogo longe do ritmo ideal, o que é até natural pela altura da temporada, e com defeitos a serem corrigidos. No primeiro tempo, a equipe foi pouco incisiva: com passes burocráticos, foi fácil de ser marcada pelo Madureira.

– Não foi a consequência, porque no segundo tempo entraram os mesmos jogadores. Propositalmente. Queríamos ver a produção deles e obter uma resposta. Tivemos problemas posicionais, fundamentalmente no meio-campo, na primeira etapa. Os meias estavam com pouca ideia de espaço, retificamos isso. Nosso seis (primeiro volante, Danilo Barbosa) estava sem muita posição, queimava espaços do nosso oito (segundo volante, Marlon Freitas e depois Patrick de Paula). Isso estava criando muitos problemas. Não tínhamos ponto de apoio para rotação. Foi retificado, começamos a jogar em diferentes linhas. Apareceu uma profundidade de campo. A linha defensiva também foi um pouco modificada. Essas mudanças foram decisivas para mudar o jogo – analisou Luís Castro em coletiva.