Filipe Toledo foca no bi da WSL e diz que Brasil achou a fórmula da vitória

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O título mundial de 2022 deixou Filipe Toledo mais leve. Depois de entrar para o hall dos campeões mundiais de surfe, o paulista de Ubatuba quer aproveitar o momento de confiança para estabelecer-se no topo. Neste domingo, Filipinho inicia a luta pelo bi com a abertura da janela da etapa de Pipeline, a primeira da temporada – a chamada será às 14h30 (de Brasília) com transmissão do sportv e acompanhamento em tempo real do ge.

O sportv e o ge transmitem todas as etapas da WSL de 2023 ao vivo. O site acompanha também todos os eventos em Tempo Real, e transmite as etapas com sinal aberto até as oitavas de cada etapa. A partir desta fase, apenas assinantes sportv podem assistir às disputas.

Em entrevista ao ge, Toledo falou sobre diversos assuntos, como mudança para os Estados Unidos, formato Finals, corrida olímpica e favoritos ao título mundial de 2023. Para o campeão da temporada passada, o brasileiro Miguel Pupo tem tudo para se juntar ao grupo de candidatos ao pódio. Confira a entrevista:

Como está a sua cabeça para a temporada após o título mundial de 2022?

Eu acho que a leveza depois do título já traz algo diferente. Eu não mudei o meu jogo, a minha estratégia, mas eu acho que, indiretamente, o título deixa a coisa mais tranquila, mais leve e isso já dá uma aliviada. Então pode ser que venham bons resultados de novo, eu estou confiante, estou bem tranquilo, feliz, então que venham os bons resultados.

Desde 2014, quando o Gabriel Medina conquistou o primeiro título do Brasil, o país vem dominando o Circuito Mundial de Surfe com seis conquistas em oito temporadas. Como você explica isso?

O que aconteceu foi que nós chegamos. Demoramos alguns anos até o Gabriel ganhar o primeiro título em 2014. E aí, desde então, a gente tem incomodado, tem sido a pedra no sapato dos amigos gringos. Eu acho que a gente descobriu uma fórmula de ganhar o campeonato, de como passar bateria, de estar sempre perto das vitórias, das finais, de estar incomodando. Então acho que a gente junto consegue puxar o nível um do outro. É cada hora um campeão, uma final brasileira… Acho que isso vale não só para o surfe como para todos os outros esportes. Está sendo muito legal ver esse destaque, essa evolução brasileira em todos os esportes.

Filipinho reza durante etapa do Circuito Mundial 2022 — Foto: Pat Nolan/World Surf League

Filipinho reza durante etapa do Circuito Mundial 2022 — Foto: Pat Nolan/World Surf League

O que você acha do formato do Circuito Mundial iniciado no ano passado com etapa Finals e corte no meio da temporada?

O Finals com esses cinco melhores traz uma emoçãozinha diferente para o final do ano. É claro que tem aquela coisa de o primeiro colocado ter sido muito regular durante o ano todo e ter que competir contra mais um atleta. É difícil, mas acho que a estratégia é a mesma. É focar naquela última bateria e tentar aniquilar no máximo, evitando as duas primeiras. Acho que ali traz um gostinho diferente pelo que a gente viu nos recordes de visualização na internet, que foram todos quebrados. Então acho que foi uma coisa boa para o nosso esporte.

Esse ano também começa a corrida olímpica para Paris 2024. Como está isso na sua cabeça?

O foco continua sendo ser campeão do mundo. Prefiro focar em ser bicampeão mundial esse ano, que a vaga olímpica vai vir como consequência. Se eu fizer isso bem, se eu estiver com bons resultados, eu sei que a possibilidade de eu conseguir a vaga é muito grande. Então o foco é esse, o treino é esse. É vencer o máximo de baterias possíveis, é ir para cima. Quero me dedicar ao máximo, aproveitar o processo em todas as etapas.

Quem seria o eventual favorito ao ouro olímpico em Paris 2024, quando o surfe será disputado no Taiti?

Se a gente olhar o passado, pelo menos nos resultados, o Gabriel é muito regular nesse tipo de onda. O Italo também é um cara muito bom nesse tipo de onda e sem falar nos outros atletas que a gente tem que podem conseguir a vaga nas Olimpíadas e estar no Taiti. O Miguel ano passado ganhou no Taiti, ele gosta desse tipo de etapa. Está tudo em aberto.

O que mudou na sua vida desde a mudança para a Califórnia em 2014?

Eu acho que me trouxe muitas vantagens. Montei a minha base aqui, e eu acho que aqui as oportunidades são mais claras. Estou perto dos meus patrocinadores, evoluí muito na língua, aprendi uma outra cultura. Então a mudança para a Califórnia me trouxe muitas coisas boas. É claro que a gente sente saudade do Brasil, porque parte da família ficou no Brasil. Mas, graças a Deus, dá para ir ao Brasil umas três ou quatro vezes por ano, então dá para matar a saudade.

Filipe Toledo destruindo as direitas de Lower Trestles — Foto: Pat Nolan/wsl

Filipe Toledo destruindo as direitas de Lower Trestles — Foto: Pat Nolan/wsl

Nesse ano teremos a volta do Gabriel Medina e do John John Florence ao Circuito Mundial (os dois estavam lesionados e perderam parte da temporada passada). O que você está achando disso?

A volta deles traz um coisa diferente, né? O John John é duas vezes campeão do mundo, o Gabriel três vezes. Então é legal para o nosso esporte, legal que eles estão de volta. Isso tudo dá uma apimentada no Circuito de novo.

Você é um cara muito apegado à família. Eles viajarão com você para todas as etapas desse ano?

Não a temporada toda, mas eles estarão comigo a maioria dos campeonatos. Eles estão no Havaí comigo, depois vão para a Austrália, África do Sul, Brasil obviamente, e depois, caso eu esteja entre os cinco, eles estarão comigo no Finals, que é em Trestles, onde a gente mora.

Quem são os favoritos ao título mundial deste ano, além de você?

Além da galera que está ali em cima, que sempre incomoda, tem o Miguel, que ano passado teve um ano incrível. Ele ganhou uma das etapas mais temidas, que é Teahupo’o, no Taiti. Então acho que esse ano ele vem com uma confiança bem grande e acho que ele vai dar um bom trabalho, estou confiante no Miguel também, mas vou fazer de tudo para conquistar esse título.

Nesse ano teremos a volta do Gabriel Medina e do John John Florence ao Circuito Mundial (os dois estavam lesionados e perderam parte da temporada passada). O que você está achando disso?

A volta deles traz um coisa diferente, né? O John John é duas vezes campeão do mundo, o Gabriel três vezes. Então é legal para o nosso esporte, legal que eles estão de volta. Isso tudo dá uma apimentada no Circuito de novo.

Você é um cara muito apegado à família. Eles viajarão com você para todas as etapas desse ano?

Não a temporada toda, mas eles estarão comigo a maioria dos campeonatos. Eles estão no Havaí comigo, depois vão para a Austrália, África do Sul, Brasil obviamente, e depois, caso eu esteja entre os cinco, eles estarão comigo no Finals, que é em Trestles, onde a gente mora.

Quem são os favoritos ao título mundial deste ano, além de você?

Além da galera que está ali em cima, que sempre incomoda, tem o Miguel, que ano passado teve um ano incrível. Ele ganhou uma das etapas mais temidas, que é Teahupo’o, no Taiti. Então acho que esse ano ele vem com uma confiança bem grande e acho que ele vai dar um bom trabalho, estou confiante no Miguel também, mas vou fazer de tudo para conquistar esse título.

Fonte: ge