Com boa presença de público no sábado de calor carioca, time tem bons momentos em São Januário e recebe aplausos. Setor ofensivo deixa a desejar
O sábado de forte calor no Rio de Janeiro até reservava programas mais interessantes, mas quase 17 mil torcedores optaram por matar a saudade do Vasco. E veio da arquibancada o que houve de melhor no empate sem graça dos garotos com o Madureira na abertura do Carioca.
Empolgada pelas contratações e novas perspectivas a partir de 2023, a torcida até aplaudiu a equipe que foi melhor que o adversário, mas teve dificuldades para criar chances claras e parou no goleiro Dida. A atuação segura do zagueiro Zé Vitor e as arrancadas de Galarza salvaram a noite de um Vasco que tem a equipe principal nos Estados Unidos para pré-temporada.
A garotada soube controlar o jogo no primeiro tempo e até encontrar alternativas ofensivas diante de um Madureira muitas vezes passivo. Faltou, no entanto, objetividade no terço final do campo para colocar Dida para trabalhar. As melhores chances caíram nos pés de Zé Santos, que falhou na pontaria.
Os aplausos na decida do intervalo, por sua vez, se justificaram pela postura de um Vasco que, mesmo jovem, foi dono das ações. Muito pela capacidade de organização da dupla de volantes Matheus Barbosa e Juninho, além dos zagueiros. A equipe raramente dava chutão e tinha paciência para buscar (e encontrar) espaços pelos lados.
Fosse com Rodrigo e Paixão pela direita, fosse com Paulo Victor e Erick pela esquerda, os vascaínos exploraram bem os corredores. A partir dali, por outro lado, faltou quem tivesse maior agressividade na finalização. Até porque, a partida praticamente se desenhou por 45 minutos em apenas uma metade do campo.
Zé Santos cabeceia para a melhor chance do Vasco no jogo — Foto: André Durão
Na volta do intervalo, o Madureira se abriu para o jogo e justamente por isso o Vasco se tornou perigoso. Logo aos 4 minutos, Zé Santos obrigou Dida a fazer grande defesa em cabeçada, mas foi Galarza quem travou duelo com o goleiro durante toda segunda etapa.
Se não teve tanto domínio das ações com a bola, o Vasco tinha campo e espaço para atacar, e o paraguaio quase sempre foi a melhor opção para arrancadas e chutes de média distância. Dida não permitiu o gol.
Defensivamente, alguns vacilos de saída de bola pelo lado direito fizeram com que o Madureira se animasse, mas Halls também deu conta sempre que exigido.
No fim, o 0 x 0 foi justo, assim como os aplausos do bom público presente em São Januário para os garotos do Vasco.
fonte: ge