Esta condenação, portanto, à perda do cargo e também dos direitos políticos por oito anos chega como água no saqué de Eduardo Japonês.
Na política – mais que em qualquer outra atividade – a roda gira e a lei do retorno pode chegar bem antes que se espera, para derrubar quem se estabeleceu apontando o dedo para os erros dos outros e prometendo ser diferente. Aguerrido na oposição até suplantar um dos clãs políticos mais antigos – e ainda com alguma força no Sul de Rondônia – o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês está com o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, acusado das mesmas práticas que denunciavam seus adversário.
Ele foi denunciando pelos integrantes da coligação ‘Fé e ação por Vilhena’, encabeçada pela ex-prefeito e principal adversária, Rosani Donadon, e é acusado de pelo menos três crimes eleitorais: criação de programa de regularização fundiária no ano da eleição; concessão de autorização para moto táxi; e utilização de servidores públicos e internet da Prefeitura para fazer a gestão de rede social do então candidato à reeleição.
O Tribunal Regional Eleitoral acatou as denúncias e o condenou, na quinta-feira da semana passada, por seis votos a um, lhe cassando o mandato, mas garantindo o direito de recorrer sem se afastar do cargo.