A Prefeitura de Ji-Paraná, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), e a Defesa Civil de Ji-Paraná resgataram 30 famílias em situação de risco, devido à enchente dos rios Machado e Urupá. O trabalho de resgate foi realizado com apoio do Corpo de Bombeiros Militar e uma das famílias foi alojada no Ginásio de Esportes Adão Lamota.
Durante a tarde do último domingo (13), as águas do rio Machado atingiram a marca de 10,93 metros, conforme o acompanhamento realizado em tempo real pela Agência Nacional das Águas (ANA), se aproximando do estado crítico de 11 metros de profundidade. As famílias que necessitarem de socorro, podem acionar o resgate por meio do 193, telefone de emergência do Corpo de Bombeiros.
Nesta segunda (14), o nível do Machado começou a baixar e registrava aproximadamente 10,70 metros, no fim da manhã. A Defesa Civil havia emitido um alerta, na manhã de sexta-feira (11), após o rio subir cerca de 40 centímetros em menos de 24 horas.
“O monitoramento do nível do Machado é feito em tempo real, por meio do aplicativo da ANA. Seguimos em alerta e monitorando os bairros atingidos pelas águas. Pedimos para que as famílias ribeirinhas não deixem para sair de casa na última hora, que acionem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil assim que o rio atingir as casas”, afirmou Meire Zanettin Moura, coordenadora da Defesa Civil de Ji-Paraná.
A titular da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Ana Maria Santos Vizeli, explicou que, das 30 famílias resgatadas, apenas uma precisou ser alojada no Ginásio Gerivaldão, no segundo distrito. As outras famílias foram encaminhadas para casas de familiares e poderão retornar aos lares quando as águas baixarem.
A família resgatada é composta por cinco pessoas, sendo dois idosos e duas crianças, e estão recebendo acompanhamento social e psicológico, oferecendo abrigo seguro, com mantimentos, roupas e colchões.
“A Semasf disponibiliza cinco refeições diárias aos membros dessa família, além do atendimento psicológico. Também realizamos um trabalho de recreação com as crianças, por meio do Programa Criança Feliz”, detalhou Ana Maria.
A secretária ainda ressaltou que, caso haja necessidade, um novo ponto de alojamento poderá ser montado no Ginásio Poliesportivo Gerivaldo José de Souza (Gerivaldão), mas que, no momento, o Ginásio Adão Lamota deve suportar a demanda.
“Trabalhamos em parceria com a Defesa Civil, observando o nível do rio Machado. Caso ocorra uma cheia histórica, como a que foi registrada em 2014, podemos abrir um novo ponto de alojamento, evitando que muitas pessoas fiquem aglomeradas no Adão Lamota, para também contermos a contaminação da Covid”, afirmou Ana Maria.
Segundo a coordenadora da Defesa Civil, o monitoramento no inverno amazônico, período chuvoso na região Norte do Brasil, é realizado constantemente. Meire ainda ressaltou que as primeiras casas começam a ser invadidas pelas águas quando o rio Machado atinge a marca de 10,30 metros de profundidade.
“As áreas consideradas de maior risco são monitoradas pelas equipes da Defesa Civil, com o apoio da Prefeitura de Ji-Paraná e do Corpo de Bombeiros. Os bairros Casa Preta, Duque de Caxias, Primavera, São Francisco, Novo Urupá e Urupá são os primeiros a serem atingidos”, disse Meire Zanettin.