O Senado já gastou cerca de R$ 23 milhões com despesas na cota parlamentar, mas com o aumento das passagens, por conta dos combustíveis, a mesa diretora levantou a possibilidade por haver uma “distorção” na distribuição pensada inicialmente

Em uma reunião da mesa diretora do Senado, na última terça-feira (5/0), surgiu a possibilidade de engordar a cota parlamentar para a compra de passagens aéreas. De acordo com levantamento da Kayak e da Decolar, empresas especializadas em busca de viagens, as tarifas médias nos bilhetes aéreos subiram em até 40% em março deste ano, considerando ida e volta.

A senadora Kátia Abreu chegou a reclamar na rede social sobre os preços, o que classificou de “abuso”. Segundo a parlamentar, as passagens de ida e volta de Palmas para Brasília, estavam em torno de R$ 4.880,46 e não havia oscilação. “Tentei comprar no fim de semana, na madrugada, e não consegui preços melhores”, completou e questionou a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o assunto.

Ainda não se sabe quanto será esse aumento, mas a Casa já gastou, até o momento, R$ 23 milhões com as despesas como um todo. De acordo com pessoas presentes na reunião, que preferem não ser identificadas, “há um equilíbrio na distribuição da verba quando é pensada inicialmente, mas quando há um peso em alguns dos elementos, existe uma distorção”.

Outra discussão foi a respeito da viabilidade de incluir impulsionamento em redes sociais na cota. Os valores praticados também não foram discutidos. A previsão é que as definições ocorram na próxima reunião da mesa, que ainda não foi marcada. Porém, a expectativa é que as ideias não prosperem. “O correto não é aumentar taxa de gabinete e sim resolver a questão do preço das passagens”, disse um parlamentar ao Correio.