O rio Madeira, em Porto Velho, chegou a marca dos 3 metros e 48 centímetros na última terça-feira (12), informou a Defesa Civil. De acordo com o monitoramento hidrológico, o nível é 2 metros menor do que comparado com o mesmo período do ano passado.

Segundo especialistas, se esse cenário persistir, o rio pode alcançar patamares semelhantes a seca história de 2020.

Com o nível de águas abaixo do esperado para essa época do ano, especialistas indicam que o alerta e os cuidados devem ser redobrados.

“O perigo é que começa a aparecer os bancos de areia, os ‘pedrais’ e a Defesa Civil entra em alerta. A preocupação é com os pescadores, com os que vão pescar no período noturno e com essa vazante recuando”, disse Anderson Luiz, gerente de Divisão.

Placas de aviso sendo instalados nas margens do rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Placas de aviso sendo instalados nas margens do rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

As mais de 15 mil famílias que vivem pelo baixo madeira devem receber uma atenção especial nesta época do ano, já que eles são os principais atingidos seja pela cheia ou seca do rio Madeira.

“A gente vem colocando as placas de sinalizações, justamente pra avisar sobre o desbarrancamento da baixa do rio. Os poços ficam contaminados e aí essas famílias tem que ser assistidas pela Defesa Civil através de água potável, kit de higiene, cesta básica”, explicou Anderson.

Eider Pereira, comandante de embarcações em Porto Velho — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Eider Pereira, comandante de embarcações em Porto Velho — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Eider Pereira, que trabalha com embarcação há mais de 25 anos, revelou surpresa com a baixa do rio tão severa nessa época do ano.

“Nessa época, o rio tá mais cheio um pouco, porque no geral, ele vai até setembro secando. Aí em outubro que ele começa a dar o ‘repiquete’ e começa a melhorar pra gente que navega. Esse ano ele já secou mais do que a gente tá acostumado.”, revelou Eider.

Com a seca, as rotas dos tradicionais passeios de barco pelo rio tiveram que sofrer alterações, já que, há regiões onde as embarcações não conseguem trafegar.

Fonte: ge