Ciente de que não terá o apoio de Lula, caso o petista seja eleito, Lira monta seu plano B

Na semana passada, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021, fez um desabafo numa roda de amigos. Dizia que nada havia sido licitado este ano dos recursos previstos para o Acre em emendas, algo em torno de R$ 700 milhões. No plenário da Câmara, quase ao mesmo tempo, deputados faziam a mesma reclamação. São insatisfações que apontam para uma guerra interna que o Congresso vai viver nos próximos dois meses e meio que restam para licitar e empenhar recursos antes do período oficial das campanhas. E, pelo andar da carruagem, a intenção deliberada da cúpula da Câmara — leia-se o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) — é deixar, pelo menos, a liberação do Orçamento secreto de R$ 16 bilhões para depois das eleições.

A avaliação no PP é a de que esses recursos serão fundamentais para dar uma “azeitada” na campanha de Lira para mais dois anos no comando da Casa. Os aliados do deputado ficaram muito preocupados quando viram os atuais comandantes do PT declararem, com todas as letras, que não pretendem apoiar a reeleição de Lira.

No CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — da última terça-feira, por exemplo, o secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), foi incisivo ao dizer que, se Lula for eleito presidente da República, o partido terá outros nomes para apresentar ao comando da Câmara.

“Lira é o símbolo desse sistema que aí está. Como esse sistema não sobreviverá, caso Lula ganhe — e eu acho que vai ganhar —, certamente vai precisar de outras opções para comandar o Congresso”, disse. Teixeira ainda teceu críticas ao Orçamento secreto. “Ele (Lira) está alimentando jacaré, que é o presidente da República. O que Lula diz é o seguinte: não terá no meu governo”, alertou.

Plano alternativo

Ciente de que não terá o apoio de Lula, caso o petista seja eleito, Lira monta seu plano B. Ele e parte dos líderes e integrantes da Mesa Diretora organizam o jogo para se precaver e manter o espaço, caso o cenário eleitoral permaneça da mesma forma como as pesquisas apontam — ou seja, vitória da chapa Lula-Alckmin em outubro. E esse jogo inclui liberar as verbas orçamentárias apenas no final daquele mês, caso a eleição presidencial tenha dois turnos. Inclusive, os valores separados para liberação, antes das eleições, de R$ 1,5 bilhão, devem ficar para depois.

A avaliação no PP é a de que esses recursos serão fundamentais para dar uma “azeitada” na campanha de Lira para mais dois anos no comando da Casa. Os aliados do deputado ficaram muito preocupados quando viram os atuais comandantes do PT declararem, com todas as letras, que não pretendem apoiar a reeleição de Lira.

No CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — da última terça-feira, por exemplo, o secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), foi incisivo ao dizer que, se Lula for eleito presidente da República, o partido terá outros nomes para apresentar ao comando da Câmara.

“Lira é o símbolo desse sistema que aí está. Como esse sistema não sobreviverá, caso Lula ganhe — e eu acho que vai ganhar —, certamente vai precisar de outras opções para comandar o Congresso”, disse. Teixeira ainda teceu críticas ao Orçamento secreto. “Ele (Lira) está alimentando jacaré, que é o presidente da República. O que Lula diz é o seguinte: não terá no meu governo”, alertou.

Plano alternativo

Ciente de que não terá o apoio de Lula, caso o petista seja eleito, Lira monta seu plano B. Ele e parte dos líderes e integrantes da Mesa Diretora organizam o jogo para se precaver e manter o espaço, caso o cenário eleitoral permaneça da mesma forma como as pesquisas apontam — ou seja, vitória da chapa Lula-Alckmin em outubro. E esse jogo inclui liberar as verbas orçamentárias apenas no final daquele mês, caso a eleição presidencial tenha dois turnos. Inclusive, os valores separados para liberação, antes das eleições, de R$ 1,5 bilhão, devem ficar para depois.

Fonte: CorreioBraziliense