Refeitório do hospital foi interditado pela Vigilância Sanitária. Além dos “corpos estranhos” nos alimentos, denúncias apontam que não é feita a diferenciação do alimento conforme as necessidades do paciente.
A alimentação oferecida no Hospital João Paulo II, em Porto Velho, tem causado revolta. Segundo relatos de pacientes e acompanhantes, as marmitas chegam muito tarde e com diversos problemas, como fios de cabelo, larvas, moscas, e até mesmo baratas.
Segundo o diretor do Sindicato de Enfermagem, Jerrimar Soares, no fim de março, a Vigilância Sanitária interditou o refeitório do hospital e deu um prazo de 15 dias para que a empresa responsável corrigisse os problemas identificados. No entanto, quase no prazo final, o local continua intocado e sem previsão de funcionamento.
Além da falta de higiene na preparação da comida, as denúncias apontam que não há organização na distribuição dos alimentos. Na parte do almoço, as marmitas chegam por volta de 14h ou 15h. Durante a noite, o jantar é oferecido as vezes até meia noite. Além disso, não é feita a diferenciação do alimento conforme as necessidades do paciente.
“Eu sempre fui acostumado a almoçar 11h, mas tá chegando 14h. Eu fico passando mal, as vezes, até com ânsia de vômito, tontura pra desmaiar porque é muito tarde que chega, e quando chega é de má qualidade”, comentou um dos pacientes.
O presidente do Sindicato de Enfermagem aponta que a péssima qualidade dos alimentos pode prejudicar a recuperação dos pacientes e aumentar o tempo de internação.
O g1 entrou em contato com o Governo de Rondônia e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.