O Ministério da Educação confirmou os parâmetros para o novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será aplicado a partir de 2024. As informações integram um documento elaborado por um Grupo de Trabalho (GT), composto por servidores do MEC e de entidades da educação como Consed, Undime, CNE, entre outros.

De acordo com o documento, o exame será constituído por dois instrumentos:

  • um comum a todos os participantes, para avaliar as competências e habilidades da formação geral, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com ênfase em língua portuguesa e matemática. A redação dissertativa-argumentativa e avaliação de língua estrangeira integrará este grupo.
  • outro avaliará os itinerários formativos, em uma combinação optativa ao estudante, a depender do curso de ensino superior que deseja cursar.

Além disso, a prova vai ter questões discursivas e itens de língua inglesa integrada às demais áreas do conhecimento. O MEC não informou se essas mudanças serão aplicadas imediatamente na edição de 2024.

Uma prévia do documento já havia sido apresentada pelo GT em 17 de março e seguiu para homologação do então ministro da Educação Milton Ribeiro.

Transição tecnológica

 

O novo Enem também marca o início de uma transição gradual para a aplicação de provas digitais e correção automatizada, de acordo com o documento.

O MEC prevê a adoção de novas tecnologias como plataformas adaptativas e inteligência artificial como meio de acelerar a divulgação de resultados da prova.

As provas físicas serão mantidas enquanto não for viável a aplicação digital a todos os participantes.

O MEC criará um comitê de governança do Enem para garantir a incorporação correta das mudanças propostas, assim como a transparência do processo e aperfeiçoamentos necessários.