‘Não me sinto muito bem ouvindo diva. Eu não sou a Ivete’, diz Clarice Falcão, sobre reações de fãs

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‘Não me sinto muito bem ouvindo diva. Eu não sou a Ivete’, diz Clarice Falcão, sobre reações de fãs

Clarice Falcão sente que está navegando num botezinho em águas internacionais. A comparação é usada por ela para falar sobre como se divide entre as carreiras de atriz de comédias e cantora, o que faz que muita gente ouça as músicas dela sempre pensando que ela quer fazer graça. Não é sempre o caso.

No sábado de Lollapalooza, em São Paulo, ela vai mostrar um lado mais “piadento” e outro com assuntos bem mais sérios. Falando da parte musical, Clarice deve mostrar como foi do folk no violão à eletrônica dançante por meio de três álbuns e dois EPs.

Ao g1, ela falou do festival e relembrou o começo da carreira, em parceria com a mãe, a roteirista Adriana Falcão. O papo com a cantora pernambucana de 32 anos foi meio randômico, de Fotolog sobre Björk a música fofa de supermercado.

g1 – A primeira coisa que eu quero saber, seus fãs querem saber, e quem vai passar lá pelo Lolla também quer saber: o que você pode adiantar do show do Lollapalooza?

Clarice Falcão – Vai ser o show de encerramento do “Tem Conserto”. A gente não toca há dois anos e meio, né? E eu acho que algumas coisas aconteceram nesse período da pandemia vão dar uma leve mudada no show. A gente lançou música, algumas músicas tipo de repente hitaram no TikTok, novidades que a gente vai incluir. Mas, na verdade, eu acredito em fazer um show espontâneo. Pelo menos é o que eu tenho feito com essa turnê, né?

Meu primeiro show, Monomania, era bem teatral, todo roteirizado, cada fala era totalmente pensada e eu gostei muito de fazer.

“Mas eu tenho tido muito, muito prazer em fazer um show tipo espontâneo, que você não sabe o que vai acontecer. Entender o público, qual é a vibe da galera, responder as coisas… alguém grita um negócio… enfim, então eu estou empolgada para sentir o público do Lolla, sabe?”

 

g1 – Você tem se dividido entre um folk, que tem gente que chama de fofolk e essa música eletrônica para dançar e dar uma choradinha que tem gente que chama de dance crying. Como você vai misturar esses dois lados no show?

Clarice Falcão  A gente cresce, a gente vai conhecendo coisas novas e adicionando gostos ao nosso repertório, né? Então eu sinto que o folk foi importante para as pessoas começarem a prestar atenção nas letras, né? Eu acho que quando você tem uma sonoridade mais parruda as pessoas tendem a não ouvir tanto que você está cantando. Quando eu lancei os primeiros vídeos com violão era muito para mostrar a cara. Essa sou eu, é assim que eu monto minha narrativa. Eu gosto muito de compor letra, é minha parte favorita.