A declaração do presidente foi dada em entrevista coletiva em Nova Délhi, na Índia, nesta segunda-feira (11/9). Mauro Cid obteve liberdade provisória no sábado (9/9)
O acordo entre Mauro Cid e a PF ocorreu no âmbito do inquérito das milícias digitais, que investiga, entre outros casos, os atos antidemocráticos e a minuta golpista encontrada no celular do tenente-coronel; fraudes no sistema do Ministério da Saúde para a inserção de dados falsos de vacinação contra covid-19 envolvendo o militar, a esposa Gabriela, a filha, Bolsonaro e a filha Laura, de 12 anos; e o esquema de vendas de joias da Presidência, em que Cid teria vendido dois relógios — um da marca Rolex e outro da Patek Philippe — nos Estados Unidos, por US$ 68 mil (cerca de R$ 346 mil) e depois se unindo ao advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, em uma “operação resgate”.
Com a decisão de Moraes, Mauro Cid, que era adjunto na Chefia de Preparo do Comando de Operações Terrestres no Quartel-General da força em Brasília, perdeu cargo e função, mas seguirá recebendo a remuneração de oficial superior, o que corresponde a sua patente de tenente-coronel do Exército.
Cid, além de usar tornozeleira eletrônica, não poderá deixar a casa aos fins de semana e pela noite. Está proibido também de deixar o país e recebeu cinco dias para entregar o passaporte. A decisão do magistrado prevê que qualquer outro passaporte que tenha emitido em seu nome seja revogado. Ele ainda teve seu porte de arma de fogo, bem como o registro para coleção, tiro esportivo e caça suspensos.
Fonte: CorreioBraziliense