Levantamento foi feito pelo site Agência Pública, que elencou inclusive as pessoas físicas responsáveis pela “destruição da maior floresta tropical do mundo”

Um levantamento feito pelo site Agência Pública colocou a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), responsável pela usina de Jirau no Rio Madeira em Rondônia, em segundo lugar entre os empreendimentos mais multados por infrações dentro de unidades de conservação na Amazônia.

Além da ESBR, surgem a Salobo Metais S/A, à frente dela, e também a Florapac Industrial Ltda, oito posições abaixo no ranking.

Juntas elas somam R$ 130,8 milhões em multas aplicadas pelo ICMBio desde 2009. Só a admistratora de Jirau leva consigo R$ 48,6 milhões em infrações.

A veiculação explica o cotejamento dos dados deixando claro que “A partir dessas informações, foi possível verificar quais são as UCs mais visadas e quem são as pessoas físicas responsáveis pela destruição da maior floresta tropical do mundo. A análise a seguir destaca as empresas mais infratoras”.

São pelo menos 30 pessoas físicas elencadas no listão. E uma mulher surge no topo da exposição como a pessoa mais sancionada pelo órgãos ambiental, conservando multas avaliadas em mais de R$ 95,8 milhões.

A Agência Pública acrescentou:

“A segunda empresa da lista com mais multas é a concessionária da Usina Hidrelétrica de Jirau, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR) S/A, que ostenta a sexta colocação entre todos os maiores multados nas UCs federais da Amazônia entre 2009 e 2021. Com uma multa no valor de R$ 48,5 milhões, recebida em março de 2017 por “danificar 4.047 hectares de floresta nativa”, é a empresa com maior valor em autuações no Parque Nacional (Parna) Mapinguari”.

Destacou também o texto:

“Localizado entre o Amazonas e Rondônia, nas proximidades de Porto Velho, o Parna Mapinguari é o nono com maior valor em multas no período analisado, com R$ 108,4 milhões. O Parna está nas proximidades das rodovias BR-319 e BR-364, tem cerca de 1,7 milhão de hectares e foi criado em 2008. A multa recebida pela ESBR, que desde janeiro de 2021 passou a se chamar Jirau Energia, representa quase 45% do total aplicado na UC em questão”.

E concluiu sobre Jirau:

“Quarta maior usina do país em geração de energia, a Usina Hidrelétrica de Jirau está localizada a poucos quilômetros do Parna Mapinguari, no rio Madeira. Uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ela foi leiloada em 2008 e começou a operar parcialmente em 2013, passando a funcionar integralmente em 2016. Tocada paralelamente à Usina Hidrelétrica Santo Antônio, também em Rondônia, a construção da usina de Jirau foi alvo de críticas de organizações sociais e ambientalistas por causa do impacto socioambiental que poderia gerar na floresta e nas populações tradicionais da região”.