O prefeito eleito trouxe um tom mais apaziguador e de união entre os poderes Executivo e Legislativo

Eleitos no último domingo no pleito suplementar para prefeito de Vilhena, o delegado da Polícia Federal Flori Cordeiro de Miranda Junior, e seu vice, o engenheiro florestal Aparecido Donadoni, participam da sessão desta quinta-feira, 03, da Câmara de Vereadores, e fizeram uso da palavra.

Primeiro a falar, Donadoni, que mora em Vilhena há 35 anos, disse que durante a campanha andou pelas periferias da cidade e declarou: “Eu descobri, sinceramente, que eu vivia numa bolha. Só olhando aquilo que estava ao meu redor. A minha casa, a minha vida, o carro que eu me locomovo para atender as exigências do meu serviço. Mas, vivia numa bolha. Porque Vilhena precisa muito do Executivo e do Legislativo. Eu creio que além das sessões aqui nesta Câmara de Vereadores, no gabinete do prefeito, nós devemos andar pelas periferias de Vilhena. Tem coisa e projetos, tem necessidades que são prementes. E a nossa obrigação é atender a população mais necessitada”, disse.

Donadoni lançou um desafio aos vereadores: “Estendam as mãos. Deixem de lado projetos mesquinhos pessoais e vamos atender a necessidade do povo. Se não trabalharmos de mãos dadas por aquilo que será bom para o município de Vilhena, o nosso trabalho será em vão”, disse o vice-prefeito eleito, que afirmou ainda: “A imagem do político, não só em Vilhena, mas no Brasil, é deprimente. Nós temos uma responsabilidade muito grande, a de restaurar a imagem do político no município de Vilhena. Eu quero andar nas ruas de cabeça erguida”.

O prefeito eleito trouxe um tom mais apaziguador e de união entre os poderes Executivo e Legislativo. “A mensagem que trago é uma mensagem de simpatia, de pacificação. Uma mensagem de bons presságios, de bem querência. Uma mensagem de que a prefeitura vai estar de portas abertas para que essa Câmara seja realmente uma Câmara de ressonância das vontades e das demandas populares”, disse Flori, que afirmou ainda: “Os palanques foram desmontados no dia 30 e daqui pra diante nós queremos trabalhar pela sociedade vilhenense. Não mais do que isso, mas também não menos do que isso”.

Sem dar pistas dos nomes que comporão seu secretariado, Flori disse que irá montar uma equipe que tenha em vista a técnica, mas também a política. Ele finalizou dizendo: “Esse é o centro das palavras que eu queria dizer, que a partir da minha posse, cada um dos senhores tenha a tranquilidade de saber que não vai ter caça às bruxas, que não vai ter perseguição; e que nós queremos dividir os louros da vitória, se vitória houver, com todos os vereadores e com todos os participantes dos trabalhos que a prefeitura vier a fazer. Nós não temos nenhum interesse em ter atitudes populistas ou que sejam somente interesseiras pra o prefeito ficar bonito e as outras pessoas que participaram não terem o devido reconhecimento”.

Fonte:  Folha do Sul