A presidente do banco do Brics vai liberar o recurso para ajudar na reconstrução da infraestrutura urbana e rural nos municípios atingidos pelas enchentes
“O Novo Banco de Desenvolvimento está ao lado do povo gaúcho. Quero anunciar que vamos destinar US$ 1,115 bilhão em recursos para ajudar o estado do Rio Grande do Sul e os gaúchos, que me adotaram há mais de 50 anos, a superar esta tragédia”, enfatizou a mineira, que viveu grande parte da vida no estado da Região Sul.
De Xangai, na China, sede do banco do Brics, Dilma explicou que os recursos serão destinados sem burocracias, por ação direta e por meio de parceria com instituições financeiras brasileiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
“Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, reiterou a ex-presidente da República. “Quero reiterar minha solidariedade aos gaúchos e aos governos federal e estadual. O Banco do Brics tem compromisso e atuará na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas.”
Ela também frisou que o montante será transferido rapidamente, e a destinação é passível de direcionamento de acordo com as urgências e as prioridades do estado.
“Tenho certeza de que, pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional, esta crise será superada. E devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita.” E concluiu: “Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos”.
Segundo o economista Otto Nogami, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), essa liberação condiz com a missão do NBD, de apoiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em alinhamento com os objetivos de desenvolvimento dos países-membros.
“Essa ajuda pode ser crucial para estabilizar a economia local, fornecer as bases para acelerar a recuperação das áreas afetadas e fortalecer a resiliência do estado contra futuros desastres naturais”, afirmou. “Não se pode esquecer que danos de longo prazo a infraestruturas críticas ou interrupções prolongadas nas atividades econômicas podem agravar os efeitos econômicos.”
O especialista lembrou que “normalmente, eventos trágicos causam uma retração imediata na atividade econômica local devido à destruição de infraestrutura e às perdas humanas, podendo afetar negativamente o Produto Interno Bruto no curto prazo”.
Fonte: CorreioBraziliense