Técnico valoriza resultado para manter o Peixe vivo na Copa Sul-Americana
O técnico Fabián Bustos elogiou a disposição do Santos para conseguir a virada por 3 a 2 sobre a Universidad de Quito, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana.
Assim como em outras partidas no ano, o Peixe começou melhor, encontrou o gol, mas voltou a sofrer com a instabilidade em campo e permitiu que os equatorianos virassem a partida ainda no primeiro tempo.
O técnico Fabián Bustos disse que após 20 minutos de jogo, a equipe errou o caminho (de como atuar), mas ressaltou a reação santista no segundo tempo e destacou a importância do resultado.
– Começamos bem, convertemos o primeiro gol. Fizemos o que treinamos. Em 20 minutos começamos a errar o caminho, não jogar da forma que queríamos. Eles cresceram. São um time que ataca bem, muito bons ofensivamente, nos complicaram. Não fomos precisos na marcação. Eles nos complicaram, atacaram com muita gente e fizeram gol. No segundo tempo fomos buscar, jogador a jogar por fora, com laterais indo até a linha de fundo. Assim convertemos os gols. A equipe teve coragem e vontade de ganhar a partida.
– Foi importante ganhar para seguirmos vivos na competição, para nossa torcida. É um time grande que precisa brigar por tudo. Era difícil porque o adversário estava em vantagem, mas não desistimos, fizemos substituições ofensivas. Conseguimos criar mais chances, dar a volta por cima e se tivéssemos mais precisão poderíamos ter aumentado a diferença – afirmou Bustos.
O treinador do Peixe também falou sobre a opção de iniciar a partida com dois volantes de marcação, Willian Maranhão e Rodrigo Fernández, mesmo atuando dentro da Vila Belmiro. Bustos explicou que o time precisa ter maior segurança defensiva.
– É claro que pensamos na vitória. Caminho é claro. Você viram no Paulistão, terminamos em último em desarmes. Na primeira rodada do Brasileirão, fomos o que mais desarmamos. Por que começar o jogo com dois volantes? Porque não estamos seguros, vamos ganhando a segurança com o trabalho e jogos. Importante era sermos fortes, não fomos. Sofremos dois gols e não gosto disso. Em todas as partidas sofremos gols. A única que não ocorreu foi contra o Fluminense. Necessitamos crescer como equipe. Enfrentamos uma equipe com três anos de trabalho. Nós somos um time que em 40 dias mudamos, trocamos. Temos que ter segurança para defender. Quando jogamos ofensivamente, criamos um monte de situações. Quando estivermos mais seguros com o funcionamento tático defensivo, podemos jogar com mais um atacante. Depende do rival. Não jogo da mesma forma quase nunca. Jogamos da forma que poderemos ganhar o jogo.
Outros trechos da coletiva de Fabián Bustos:
Má atuação de Ricardo Goulart
– De todas as partidas comigo, foi a pior de Ricardo. Mas veio uma sequência de partidas, a responsabilidade é minha para escalá-lo. Ele está bem, treina bem, profissional. De cuidado, alimentação, pontualidade, de trabalho. Não foi uma boa partida dele. Confio muito no Ricardo. Hoje não teve uma grande partida, mas pode ser pela escalação, onde esteve no campo, por não ter o descanso necessário. O grupo está forte, bem. Agora, é tratar de estar todos bem e quando a equipe precisar estarem na plenitude para fazer o melhor para a equipe.
Possíveis alterações contra o Coritiba
– Entrada no jogo de Fernández e Maranhão não quer dizer que não fomos ofensivos. Nos 15 primeiros minutos fomos superiores, fizemos o gol. Mas erramos no caminho. Não quer dizer que vamos rodar o elenco. Às vezes depende do rival, às vezes da gente. Trabalho durante a semana e o rendimento deles. Ângelo podia ser titular e dois dias antes do jogo sofreu um golpe. Não posso garantir que vamos mexer. Vamos tentar ganhar a partida. O Coritiba é uma equipe boa e fez uma boa estreia. Vamos começar a preparar o time.