A denúncia foi feita pela conselheira tutelar Ângela Fortes, durante entrevista a uma rádio da capital

DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos um aluno da zona rural de Porto Velho vai à escola montado a cavalo, por falta de transporte escolar. A denúncia foi feita nesta sexta-feira (10), durante o programa “Rota Policial”, da Rádio Rondônia, pela conselheira tutelar, Ângela Fortes. Ela não informou o nome da comunidade onde o aluno reside.

De acordo com a conselheira, a situação é ainda mais crítica nas áreas ribeirinhas de Porto Velho. No total, 100 alunos estão há mais de três anos sem aulas presenciais porque a prefeitura e o governo do Estado não fornecem transporte fluvial. A informação é de que as embarcações estariam sendo construídas.

Segundo a conselheira, tramita na Justiça uma ação civil pública – que apura denúncia feita pelo Ministério Público (MP) – que cobra a solução do problema, mas não há, pelo menos oficialmente, data para que sejam retomadas as atividades presenciais.

“Para nós do Conselho Tutelar, não justifica todo esse tempo para licitar um serviço essencial como a educação. Nós seguimos a legislação que determinar que as crianças e adolescentes têm que ir à escola”, afirma Ângela Fortes.

ZONA LESTE
Ainda de acordo com a entrevista dada pela conselheira à Rádio Rondônia, pelo menos 600 alunos estão sem aulas presenciais na Zona Leste de Porto Velho. Ela disse que a prefeitura reformou algumas escolas, mas não houve a ampliação do número de salas de aula, gerando um déficit muito grande na oferta de novas vagas.