O juiz Jaires Taves Barreto determinou que Iuri e Carlos Farias devem se manter a uma distância mínimo da cem metros de Hildon e de Bruno
Medida cautelar foi concedida ao prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), pelo juiz de Direto plantonista Jaires Taves Barreto, do 1º Juizado Especial Criminal, e também ao advogado Bruno Valverde. O pedido foi apresentado ao Judiciário pelo delegado da Polícia Civil Osmar Casa, após o Ministério Público do Estado emitir parecer favorável.
A medida cautelar determina que os empresários Carlos Gilberto Xavier Faria e Iuri Daniel Serrate Faria devem se manter a uma distância mínima de cem metros de Hildon Chaves e de Bruno Valverde, bem como de seus familiares, para resguardar a integridade física e psíquica dos dois. Iuri e Carlos Faria são acusados de ameaçar Hildon e Bruno de morte, devido à licitação para escolha da empresa que fará a coleta de lixo em Porto Velho.
A medida também determina que os dois empresários não entrem em contato com Hildon Chaves e Bruno Valverde, nem com seus familiares e testemunhas do caso, por qualquer meio de comunicação, inclusive telefônico e redes sociais.
O juiz também determinou que os acusados não devem frequentar a residência e o local de trabalho do prefeito e do advogado, nem os eventos públicos em que Hildon Chaves e Bruno Valverde estejam. Se as determinações forem descumpridas, a prisão preventiva dos empresários pode ser determinada.
Ameaça
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), registrou Boletim de Ocorrência Policial no final da tarde da última segunda-feira (29), após ter sido ameaçado de morte pelos empresários Iuri Faria e Carlos Faria, proprietários da Amazon Fort e ligados à empresa Orizon Ambiental.
A ameaça aconteceu no restaurante Paroca, logo após o prefeito participar de uma audiência de conciliação na Justiça sobre a licitação para a escolha da empresa para executar o trabalho de coleta de resíduos sólidos na capital.
A licitação foi vencida pela empresa Marquise, mas o Tribunal de Contas do Estado decidiu que o certame deveria ser anulado. Hildon Chaves não concordou e o caso está na Justiça.
Os empresários Iuri Faria e Carlos Faria eram donos do aterro sanitário de Porto Velho, e venderam 51% para a empresa Orizon Ambiental, ficando com 49%. A Orizon estaria de olho no contrato para coleta de lixo, mas Hildon se negou a realizar nova licitação.
Hildon Chaves e seu advogado, Bruno Valverde, chegaram no restaurante quando Iuri Faria e Carlos Faria ameaçaram os dois. Uma fonte do Entrelinhas relatou ao blog que Iuri disse que não tinha nada a perder, a não ser a vida, e que estava disposto a trocar uma vida pela outra.
Depois, pai e filho disseram que a partir do ano que vem Hildon Chaves não seria mais prefeito e não andaria mais com seguranças.