Por Agência Estado

A previsão do mercado financeiro para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) — a soma de todos os bens e serviços produzidos no país — subiu de 2,05% para 2,09%, segundo o relatório Focus, divulgado pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (13). Além do PIB, a pesquisa trouxe projeções de crescimento para Selic e inflação, que tiveram taxas elevadas para 9,75% e 3,76%, respectivamente.

Considerando apenas as 27 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 passou de 2,10% para 2,02%. Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há 22 semanas. Considerando as 26 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%. Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 40ª semana consecutiva.

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O Boletim Focus ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 42 semanas. A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,2%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.

Selic e inflação

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuir o ritmo de corte dos juros, o mercado elevou da Selic para 2024 para 9,75%, ante 9,63% na última semana. Há um mês, o patamar era de 9,13%. Considerando apenas as 56 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 seguiu em 9,75% ao ano.

O Copom abandonou o forward guidance da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento. Há grande expectativa pela ata, que será divulgada amanhã, já que não houve grandes justificativas sobre a divisão nem sinalização sobre os próximos passos.

Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, repetiu o Copom.

Em relação à inflação, a projeção de 2024 passou de 3,72% para 3,76%. Um mês antes, a mediana era de 3,71%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,64% para 3,66%, ante 3,56% de um mês atrás. Considerando as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,71% para 3,74%. Para 2025, a expectativa foi de 3,65% para 3,75%, considerando 67 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 45ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 45 semanas.