N° de pessoas desempregadas cresce em Rondônia e estado deixa de ser o ‘lanterninha’ da geração de emprego

Rondônia apresentou um aumento no número de pessoas que não estão trabalhando no quarto trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da taxa de desocupação no estado estar entre as menores do país (3,8%), o resultado da pesquisa mostra um aumento de 1,5% nos últimos três meses do ano de 2023, em relação ao trimestre anterior.

  • Em Rondônia, a taxa de desocupação que era de 2,3% passou para 3,8% no 4° trimestre de 2023;
  • Com o aumento, o estado, que antes liderava o ranking com a menor taxa de desocupação do país, agora ocupa o 2° lugar.

Anteriormente, Rondônia liderava o ranking dos estados com menores taxas de desocupação, e com esse aumento, passou a ocupar o segundo lugar, com 3,8%, ficando atrás apenas de Santa Catarina (3,2%) e à frente do Mato Grosso (3,9%).

Já a capital Porto Velho apresentou uma taxa de desocupação de 6,7% e deixou a liderança das menores taxas, passando para a oitava posição.

Ao todo, o Brasil encerrou o trimestre terminado em dezembro com taxa de desemprego em 7,4%, patamar mais baixo para o período desde 2014 e com recorde histórico de trabalhadores ocupados. No trimestre anterior, a taxa de desocupação era de 7,7%.

O que houve no 4º trimestre?

As variações estatísticas relevantes são aquelas que indicam flutuações significativas na taxa de desocupação nos estados.

Essa taxa pode variar por diversos motivos, incluindo o aumento do número de trabalhadores empregados e o aumento de pessoas procurando emprego.

Em Rondônia, com o aumento da taxa de desocupação, houve alguns fatores distintos:

  • Redução do número de trabalhadores ocupados;
  • Taxa de desocupação foi maior no setores da agricultura e comércio.

Taxa de ocupação

Em relação a taxa de trabalhadores ativos, no quarto trimestre de 2023, aproximadamente 808 mil pessoas estavam ‘ocupadas’, ou seja, exercendo atividades trabalhistas, em Rondônia.

De acordo com o IBGE, os trabalhadores estão divididos da seguinte forma:

  • 21,5% (174 mil) trabalham no comércio;
  • 19,8% (160 mil) fazem parte do conjunto da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais;
  • 18,8% (152 mil) do setor agropecuário.

O estado também registrou variações em relação aos segmentos de trabalhos, incluindo uma queda no emprego formal no setor privado (-6,2%) e uma redução na informalidade sem carteira assinada no setor privado (-15,2%).

Informalidade na Região Norte

Ainda de acordo com a pesquisa do IBGE, todos os estados da região Norte, incluindo Rondônia, registraram as maiores taxas de informalidade, ou seja, de trabalhadores que não possuem registros em carteira de trabalho ou CNPJ.

Enquanto a média nacional de trabalhadores sem registro foi de 39,2% em 2023, na Região Norte esse número chegou a 52,3% da força de trabalho.

Como funcionam as pesquisas?

A PNAD Contínua é uma pesquisa realizada e divulgada pelo IBGE onde são abordados o mercado de trabalho, taxas de ocupação e desocupação, tipos de trabalhos e outros dados.

São produzidos indicadores para acompanhar as alterações trimestrais e a evolução, a médio e longo prazo, da força de trabalho e outras informações necessárias para o estudo e desenvolvimento socioeconômico do Brasil.