Esguio, de pernas longas e sorriso fácil no rosto, Felipe Lima desponta como promessa dentro do Flamengo. Antes um ponta de velocidade que tem Bruno Henrique como maior inspiração, o garoto de 17 anos virou centroavante pelas mãos de Phelipe Leal, treinador da seleção brasileira sub-17.
– Sempre fui atacante, era ponta. Virei centroavante nesse ano. Surgiu essa ideia quando fui para a Seleção. O treinador (Phelipe Leal) falou para mim que eu era alto e rápido. Então eu podia jogar de centroavante. Acho que ele deu uma ideia no Flamengo, e o Flamengo decidiu me colocar de centroavante. Fiquei meio surpreso porque minha dificuldade era fazer o jogo de costas, não sabia escorar de primeira e nem fazer o pivô. Depois que comecei a praticar muito nos treinos foi bem fácil.

De 1,82m, Felipe se autodefine como um centroavante de mobilidade, que busca o jogo e flutua entre ponta e a zona central do ataque.

– Sou rápido, acho bons passes, tenho boa finalização. Sou decisivo. Pode esperar de mim gols decisivos.

No Flamengo desde os 12 anos, teve seu estilo de jogo mudado pela ideia de um treinador. A sua entrada no futebol, porém, é obra do destino. O cancelamento de um jogo quando Felipe tinha 10 anos e um desvio de rota no caminho de volta para casa foram fundamentais para virar jogador.

– Primeiro comecei numa escolinha chamada América, depois fui para a Novo Paraíso. A partir daí tudo começou A história não vou dizer que é engraçada, foi Deus. A gente ia ter um jogo, me apresentei, mas o jogo foi cancelado. Aí a gente estava indo embora e estava tendo uma peneira do Athletico-PR. Falamos: “Já que não teve o jogo, vamos para a peneira”.