Dezenas de hectares desmatados e gado circulando livremente no Parque Estadual Guajará-Mirim (RO). Esse foi o cenário encontrado pela reportagem da Rede Amazônica durante um sobrevoo na área que ambientalmente deveria estar preservada.

O sobrevoo de helicóptero aconteceu ao longo da semana, após o início da operação para retirar invasores da área, um trabalho que vem sendo coordenado pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO).

As imagens do alto mostram várias clareiras e um rastro de destruição da natureza. Em uma das áreas é possível ver toras de madeira que não foram totalmente destruídas após a ação das queimadas.

Em um acampamento feito por invasores, a equipe se deparou com uma criação de gado dentro unidade de conservação ambiental. Mais de 2 mil bovinos foram encontrados transitando no parque, apenas nos primeiros dias da operação Mapinguari.

De acordo com a Idaron e governo de Rondônia, o gado está sendo retirado do parque, mas não apreendido.

“Não há apreensão de nenhum animal das fazendas fiscalizadas, sendo realizado tão somente procedimentos administrativos, de reunião e conferência dos animais, considerando a constatação de movimentação do rebanho sem documentação”, afirmou em nota.

O estado também reiterou que as pessoas que estavam sem autorização na área “foram autuadas, por conta da falta de documentação pertinente quanto ao trânsito dos animais, bem como pelos órgãos de fiscalização ambiental da operação”.