Delgatti está preso desde 2 de agosto, por ser alvo da operação da Polícia Federal que apura a suposta invasão aos sistemas do CNJ. Na CPI, o hacker acusou Bolsonaro de plano golpista

Após participação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o hacker Walter Delgatti Neto foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (18/7), a partir das 9h. Para os investigadores, as declarações na CPI justificam a nova oitiva.

No depoimento à PF, Delgatti Neto afirmou que recebeu R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para invadir qualquer sistema do Poder Judiciário. No Congresso, ele disse também que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo que teria sido realizado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Walter Delgatti Neto está preso desde 2 de agosto, por ser alvo da operação da Polícia Federal que apura a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). No depoimento anterior prestado à PF, na quarta-feira (16/8), Delgatti afirmou que a invasão foi feita a pedido de Zambelli. A parlamentar, no entanto, nega as acusações.

Na CPI, o hacker afirmou que Bolsonaro assegurou um indulto a ele em troca de uma operação que simulava fraude eleitoral. A ideia era a de que um código-fonte fake seria criado por Delgatti para simular uma falha nas urnas eletrônicas.

Fonte: CorreioBraziliense