Presidente prepara nesta segunda-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, um evento com o objetivo de prestigiar a chefe da pasta e ambientalistas

Após o desgaste sofrido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente Luiz Inácio Lula (PT) prepara, para esta segunda-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, um evento com o objetivo de prestigiar a chefe da pasta e ambientalistas. Na ocasião, junto com outros ministros, serão anunciadas medidas e assinados atos relacionados à área.

Ao lado de Lula, Marina Silva deve divulgar o novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), além da criação de novas Unidades de Conservação, que serão coordenadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A solenidade está prevista para começar às 15h, no Salão Nobre do Palácio do Planalto.

O chefe do Executivo também deve assinar decretos de governança ambiental, que vão estabelecer diretrizes, normas e regulamentos a respeito da gestão ambiental e a proteção da biodiversidade. A iniciativa ocorre poucos dias após a queda de braço entre o Ibama e a Petrobras, e o esvaziamento do ministério de Marina — previsto no relatório da medida provisória que trata da estrutura do governo federal, conhecida como MP dos Ministérios, que tramita no Congresso Nacional.

Mal-estar

No seu terceiro mandato como presidente, Lula fez um grande esforço para se reaproximar de Marina, de quem estava distante desde 2008, quando ela saiu da mesma pasta denunciando ações que, na avaliação dela, seriam “retrocessos” no setor. Desta vez, o próprio petista garantiu que a ministra teria total autonomia para gerir o meio ambiente — área na qual ela é referência mundial.

Lula também prometeu que todos os órgãos teriam obrigações e responsabilidades com a questão climática. No entanto, Marina Silva esteve envolvida em uma série de conflitos com o Executivo e com o Congresso, pois quatro parlamentares petistas votaram a favor da MP dos Ministérios. Em entrevistas, ela tentou se esquivar de questionamentos sobre sua permanência no governo. E afirmou que cabe ao presidente demitir ministros.

Fonte: CorreioBraziliense