O bilionário serviço de coleta e descarte de lixo em Porto Velho (RO) deverá ficar mais vinte anos nas mãos do grupo Marquise, conglomerado empresarial multimilionário envolvido em diversas suspeitas de conluios com entes públicos por várias regiões do país, inclusive a própria capital rondoniense.
Estimado em R$ 2 bilhões, o contrato do lixo em Porto Velho já foi alvo de fiscalização do Tribunal de Contas e Poder Judiciário. Para se ter uma noção, a mesma empresa que seguirá prestando o serviço já foi acusada de ter recebido um valor de R$ 1.641.917,37 (um milhão, seiscentos e quarenta e um mil, novecentos e dezessete reais e trinta e sete centavos) por serviços que nunca realizou.
Na época foram denunciados o então prefeito Roberto Sobrinho (PT), a empresa Marquise e mais quinze membros do primeiro escalão do Executivo Municipal.
Com a chegada do prefeito Mauro Nazif (PSB), houve uma tentativa de retirar a Marquise do serviço do lixo, mas “forças ocultas” e falta de operacionalidade de outras empresas na capital rondoniense levaram à manutenção da Marquise.
Já em 2018, a Marquise foi condenada pela 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho – TST a pagar indenização de R$ 1 milhão após ser constatada a permissividade da empresa ao trabalho de crianças dentro da área do lixão da Vila Princesa.
Até a atual licitação que a empresa está levando para mais vinte anos de serviço em Porto Velho foi alvo de denúncia do Tribunal de Contas do Estado – TCE e precisou ser retificado.
Ao que tudo indica, a capital rondoniense seguirá “amarrada” à Marquise, e nem mesmo graves suspeitas foram necessárias para desatar esse nó.
Fonte: JHNotícias