Rondônia tem um grande potencial quando o assunto é produção de alimentos. O estado se tornou uma nova fronteira agrícola no Brasil e hoje, se destaca na exportação da soja, milho, arroz, algodão e café, mas quando o assunto é o valor da comercialização, é a carne bovina que fica em evidência.
“Em 2022, nós exportamos pouco mais de US$ 2,4 bilhões. Esse ano, já exportamos mais de US$ 650 milhões só de produtos do Estado. Se a gente pegar essa produção, que sai pelo Madeira, dá para entender a importância que Rondônia tem para o Brasil”, apontou Gilberto Baptista, Superintendente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).
O superintendente ainda menciona que há 5 anos, de 10 a 12 containers eram transportados por semana. Atualmente, o número subiu e são transportados entre 50 e 60 containers lacrados.
Rota das águas
Porto Velho concentra a viabilidade logística do estado. O rio Madeira, que margeia a cidade, é um canal de mercadorias. Há séculos, desbravadores usam as águas barrentas e turbulentas para escoar seus produtos. As embarcações que saem da capital rondoniense têm como destino outros pontos estratégicos do país, como Manaus e Belém.
Para o comércio internacional, o transporte hidroviário e marítimo é o mais viável, pelo custo do frete. Em Rondônia, são 24 portos privados que operam no rio Madeira, revelou a Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
“É muito mais fácil mandar um grão do Mato Grosso para Porto Velho, do que mandar para Santos, tanto na questão logística, por ser mais distante, como por uma questão de custo portuária. Os portos privados são competitivos e o próprio porto público daqui é competitivo”, explicou Gilberto.
A construção do porto público de Porto Velho iniciou em 1973, mas seu funcionamento teve início em 1975. Ao todo, são 48 anos de atuação e hoje funciona todos os dias.
Somente nos três primeiros meses de 2022, foram 111 mil toneladas de mercadorias. Em 2023, esse número subiu para 298 mil toneladas somente no primeiro bimestre do ano, mais que o dobro se comparado ao ano anterior.
“Nossa movimentação de importação e exportação fica muito envolta na parte da madeira. É lógico que tem outras vertentes e outras mercadorias que tem movimentação para importação e exportação, inclusive a parte industrial também, mas em uma quantidade muito menor. Acreditamos que com essa parceria, possamos dar um salto grande em relação a isso.
Nós temos o nosso carro chefe, que é a soja. Ela teve uma estabilização no ano passado e a nossa situação hoje é de uma empresa que está investindo em equipamento para que possa melhora a movimentação”, explicou Fernando César Ramos Parente, Diretor Presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia.
Um dos principais investimentos do porto, em parceria com o Governo de Rondônia, é que através de uma licitação, uma empresa que faça uma avaliação dos canais para ampliação de manutenção e do cais.
Fonte: G1/RO
