“Temos sofrido uma onda de ataques as escolas e isso tem causado preocupações aos pais, professores e ao corpo de apoio das escolas. Nós temos visto várias proposituras para que se faça algo em prol da segurança dessas crianças. Tivemos um cuidado de fazer um ofício à Seduc (Secretaria de Estado da Educação) e também ao Tribunal de Contas, onde, na época da pandemia, foi criado um grupo de governança. A preocupação dessas autoridades não é só com a segurança armada, com detector de metais e portas volantes dentro das escolas, mas sim como as escolas vão se comportar. Precisamos do envolvimento do professor e também do inspetor de pátio”, frisou.
Para Cirone Deiró, é importante que os parlamentares estejam alinhados com os governantes para a busca de soluções. “Temos que buscar especialistas para discutir e que possamos dar soluções a essas problemáticas. Um inspetor de pátio que consiga identificar uma criança que está sofrendo bullying, que possamos ter profissionais multidisciplinares e não só colocar um vigilante na porta ou mesmo uma câmera de monitoramento. Nós temos que humanizar o atendimento escolar no nosso país, no nosso estado e nos nossos municípios. Precisamos conscientizar nessas pessoas o amor ao próximo”, ressaltou.
Cirone Deiró relembrou algumas disciplinas que foram retiradas do currículo escolar. “Nós tínhamos várias matérias dentro da escola que educavam e davam sentido as crianças, mas foram sendo retiradas. Então nós precisamos que nossa bancada federal nos ajude a refletir, pois não adianta só armar as escolas, colocar serpentinas e colocar câmera de videomonitoramento. Precisamos sim é mudarmos a consciência dessas pessoas, de começar isso de dentro de casa na atitude de cada criança, de cada profissional e de cada pai de família”, pontuou.
O deputado quer uma atuação mais atuante da Assembleia Legislativa para propor um debate mais amplo sobre o assunto. “Trago essa reflexão aos nossos colegas para que essa casa possa promover workshops, oficinas e trazer profissionais de estatura em âmbito nacional para que Rondônia saia na frente. Precisamos de um estado que pensa nas suas crianças e no bem-estar da família”, afirmou.
Feira Internacional de Defesa e Segurança
Cirone Deiró esteve participando na última semana da LAAD Defence & Security – Feira Internacional de Defesa e Segurança no Rio de Janeiro (RJ) juntamente com os deputados estaduais Affonso Cândido (PL), Delegado Camargo (Republicanos), Delegado Lucas (PP) e Marcelo Cruz (Patriota) além do governador do Estado, Marcos Rocha, e do secretário da Sesdec (Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania), Felipe Vital. “Vimos que Rondônia pode avançar muito com ferramentas de inteligência para que possa dar amparo as nossas polícias. Que a gente faça uma polícia ostensiva, de repressão da criminalidade e uma polícia de inteligência. Precisamos de uma polícia com capacidade, inclusive no mundo digital, para que se consiga detectar esses movimentos que acontecem dentro das escolas porque muitas vezes se combinam dentro das redes sociais. A Polícia Civil e a Polícia Militar têm feito esse trabalho conseguindo assim evitar algumas tragédias dentro do estado”, disse.
Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos
Cirone Deiró chamou a atenção para o preenchimento das vagas do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS). “Quero pedir o apoio dos demais deputados dessa casa onde foi aberto um edital que os policiais poderiam fazer um curso. Eles fizeram o curso para se tornarem 1º sargento, mas isso não foi feito”, lamentou.
O deputado propôs uma força-tarefa para que o dilema possa ser resolvido. “Para acabar com essa celeuma. O pedido é que todos esses segundos sargentos que fizeram cursos com esse sargento que foi promovido que também sejam promovidos com a data de 25 de agosto de 2021. Quero pedir ao coronel Padilha (comandante-geral da Instituição) que todos que na data estavam aptos com o CAS que sejam promovidos para que possamos encerrar com essa celeuma. 68 fizeram o curso, Alguns gastaram mais de R$ 40 mil e se dedicaram. Todos que formaram foram avaliados com nota acima de 90 e hoje não sabem se são sargentos ou oficiais, pois eles têm o direito, mas ainda não são”, frisou.
Para Cirone Deiró, é importante a valorização dos profissionais que investiram em suas carreiras. “A nossa Polícia Militar é uma das melhores do Brasil. Vamos ser justos com esses policiais que dependem dessa efetividade. Eles se esforçaram para ter esse espaço em nossa PM”, encerrou.