Hospital pleiteado pelo município é o da Associação Cooperar Sicoob Credisul, construído nas margens da BR-364.
A Prefeitura de Vilhena (RO) publicou um decreto em que requisita equipamentos e a estrutura de um hospital particular para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), através do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira.
O hospital pleiteado pelo município é o da Associação Cooperar Sicoob Credisul, construído nas margens da BR-364.
Segundo o decreto assinado pelo prefeito Delegado Flori (Podemos), a requisição da unidade é legal e está prevista na Constituição, onde permite ao poder público o uso de propriedade particular em caso de iminente perigo público.
Vilhena está em estado de emergência de saúde pública desde o fim de janeiro, quando um decreto também repassou a administração do Hospital Regional à entidade filantrópica Santa Casa de Misericórdia de Chavantes.
No decreto que requisitou o hospital particular, Flori destacou a necessidade de ações para manter o atendimento emergencial na saúde do município.
A Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, que estava na gestão do hospital regional da cidade, também vai ficar responsável por fazer a requisição administrativa do hospital privado.
“Enquanto perdurar a requisição instituída por este decreto, o novo hospital – Associação Cooperar Sicoob Credisul passa a ser denominado hospital Adamastor Teixeira de Oliveira”, determina o decreto assinado pelo prefeito Flori.
O pleiteamento por um unidade particular de saúde acontece depois da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) encontrar irregularidades em vários setores do hospital público de Vilhena.
Na última sexta-feira (17), a Agevisa diz ter interditado a lavanderia do Hospital Regional de Vilhena após detectar “RISCO IMINENTE à saúde de seus trabalhadores, pacientes e usuários por não garantir um processamento adequado das roupas”.
Hospital feito por doações de cooperados
O hospital da associação Cooperar – Sicoob Credisul tem 9,5 mil m² de área, e foi construído em um terreno de 27 mil m², às margens da BR-364. As obras da unidade começaram em 2019.
Segundo o Sicoob, a construção do hospital foi custeada com “recursos provenientes do fundo social das agências do Cone Sul de Rondônia e do Norte do Mato Grosso”.
Quando decretou emergência na saúde pública vilhenense, o prefeito Flori apontou falhas na gestão anterior e também notou que “quase todos os serviços prestados à população são oferecidos de forma insatisfatória, e, em alguns casos, de forma omissa”.
Também foi apontado um número elevado de pacientes aguardando atendimento médico especializado, um surto de dengue na cidade, o desvio de funções de profissionais dentro da área da saúde e ainda equipamentos precários nas unidades.
Em 26 de janeiro, a Secretaria Municipal informou a descoberta de um rombo de mais de R$ 50 milhões no orçamento da saúde em Vilhena.