Rondônia é o estado da Amazônia que mais registrou aumento da criação de clubes de tiro: são 53, sendo que 33 foram criados entre os anos de 2019 e 2021, em pleno governo Jair Bolsonaro (PL).
Por outro lado, o decreto assinado pelo presidente Lula (PT) impede a criação de novos empreendimentos desse tipo, já que dificulta o acesso a armas e munições, além de restringir a inscrição de novos Caçadores, Colecionadores e Atiradores (CACs).
O “revogaço” assinado pelo presidente afeta diretamente as lojas de caça que até o último dia 31 de dezembro vinham registrando um aumento considerável na venda de armas e munições.
De acordo com Lula, a revogação do decreto que facilitava a compra de armas e munições através, era nociva à segurança do país.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ao mesmo tempo em que explodiu o número de clubes de tiro em Rondônia, o estado também teve um aumento exponencial nas mortes relacionadas aos conflitos agrários, sendo que em 2021, das 35 mortes no país, 11 aconteceram em Rondônia.
Logo após a medida presidencial, diversos deputados e senadores bolsonaristas eleitos em outubro do ano passado se manifestaram publicamente dizendo irão se mobilizar para derrubar o decreto de Lula.
Por outro lado, até o momento, nenhum dos oito deputados federais nem o senador eleitos por Rondônia na última eleição deram qualquer posicionamento sobre o “revogaço”.
O contrassenso é que toda a bancada rondoniense escolhida em 2022 para a Câmara Federal e o Senado se posicionaram a favor de Jair Bolsonaro e contra o presidente Lula.
Além das armas e munições, os clubes de tiro garantem altos rendimentos com a venda de assessórios, roupas entre outros produtos relacionados à prática do tiro.