Com um jogador a menos durante parte do 2º tempo, Colorado segurou igualdade sem gols. Mano justifica pressão sofrida com qualidade do adversário: “Temos que perder essa mania do brasileiro”
Na visão do treinador, havia três objetivos na partida: de voltar vivo para o duelo de volta, em Porto Alegre, levar a igualdade e construir a vitória. Com o resultado obtido como visitante, qualquer resultado positivo no Beira-Rio leva o Inter às semifinais.
— Conseguimos o (objetivo) do meio porque tivemos, depois das dificuldades iniciais, um ajuste defensivo melhor. No segundo tempo, defendemos bem. Com 10 homens, defendemos melhor ainda. Sabíamos que o jogo tinha um caráter de dificuldade bastante grande. Esperávamos um adversário com essa qualidade — ressaltou Mano.
— Tínhamos que ter essa noção clara de como fazer o jogo e acredito que a equipe fez boa parte bem feito. Quando os detalhes não funcionaram bem, Daniel esteve lá exatamente para defender e confirmar o grande goleiro que é — acrescentou.
Aos 20 minutos do segundo tempo, Alemão acertou o cotovelo no adversário em uma disputa de bola no campo de defesa colorado. Mesmo já amarelado, recebeu o cartão vermelho direto. Desta forma, o Inter passou 30 minutos, incluindo os acréscimos, com um a menos.
Ainda assim, o Melgar não conseguiu tirar o zero do placar, apesar da superioridade numérica, mais posse de bola e a altitude de Arequipa. O goleiro Daniel, eleito o melhor em campo, realizou nove intervenções. Mas as intervenções de Daniel não significam que a estratégia colorada não deu certo.
– Primeiro, jogamos contra um grande adversário. Tem que aprender a reconhecer. Temos que perder essa mania do brasileiro de achar que todos são menos do que nós. Melgar é uma equipe bem construída, joga um futebol bem jogado, tem ótimo técnico, tem trabalho, as dificuldades se colocam pelo adversário – completou Mano.