Em discurso, o parlamentar afirma que o Brasil precisa do trabalho coletivo para sair dessa fase difícil que está passando na segurança pública e que as guardas municipais estão inseridas no cotidiano das pessoas e dos municípios brasileiros

urante a abertura do 14º Seminário Nacional de Guardas Municipais e Segurança Pública realizado por sugestão da ONG SOS Segurança Dá Vida, promovida pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, nessa quarta-feira (13), no auditório Nereu Ramos, em Brasília, com a participação de parlamentares, representantes das guardas municipais e de órgãos de segurança pública, o senador Confúcio Moura defendeu a existência das Guardas Municipais e afirmou que elas promovem a segurança pública na cidade por meio da proximidade, da segurança preventiva e do respeito ao cidadão.

O senador lembrou que sua a relação com a guarda municipal iniciou no período em que foi prefeito de Ariquemes (RO) e buscou inspiração na Guarda Municipal na cidade mineira de Juiz de Fora, para implantar na cidade polo do Vale do Jamari. As dúvidas estavam relacionadas às questões legais e orçamentárias. Resolvidos os entraves, a guarda municipal em Ariquemes foi a primeira e a única implantada até hoje no estado de Rondônia.

Confúcio Moura disse que tem um profundo respeito e admiração pelo papel da Guarda Municipal. Segundo ele, é a guarda da proximidade. “A Guarda Municipal está perto do cidadão, está na praça, na porta da escola, no fórum, enfim, em todos os logradouros da cidade, e nas cidades médias e pequenas todo mundo conhece o guarda pelo nome. Sabe quem é a mãe. Sabe quem é a esposa. Sabe quem são os filhos. Então o guarda é querida por todos. É aquela pessoa que todo mundo quer bem, que respeita, às vezes nem usa arma, mas tem o respeito natural das pessoas”, enfatizou o senador.

Na época em que foi prefeito, Confúcio Moura disse que entendia a guarda Municipal como um mobilizador social. “Era aquele guarda que preocupava com a vida de sua comunidade, que interessava até pelo desemprego dos seus membros. Então, nós preparamos nossos guardas daquela época para orientar até na elaboração de projeto econômico que, se fosse necessário, ele pudesse ajudar as pessoas até nisso”, disse.

A vice-presidente da ONG SOS Segurança Dá Vida, Rosilene Brito, explicou que este ano o movimento está trabalhando baseado no Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 16, da ONU, que tem como objetivo discutir a consolidação das guardas municipais na qualidade de órgãos de segurança pública, com o olhar voltado para a defesa de toda a sociedade, e as principais proposições em tramitação no Congresso Nacional que dizem respeito a essas instituições e seus integrantes.

Rosilene Brito disse que o senador Confúcio Moura quando foi prefeito de Ariquemes coordenou a guarda, e, justamente nesse período a categoria e a população local tiveram mais ganhos. “Confúcio Moura conhece a polícia comunitária. Então, ele estuda, é um mestre. Ele dizia que a polícia europeia era o modelo que queria para nós enquanto prefeito – ‘Quero uma polícia educada. Eu quero uma polícia próxima da sociedade’ – dizia, e nos deu esse perfil nas reuniões que fazia conosco. E é isso mesmo. As guardas municipais são uma polícia que trabalha com proximidade. Nós nem sabíamos o que era. E o então prefeito investiu em uniformes, investiu na estrutura predial.  Foi a única vez que nós tivemos cursos de formação e qualificação”, pontuou a guarda municipal.