A 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2) iniciou nesta quarta-feira (4) a 5ª fase da Operação Canaã, chamada de Escurão. O objetivo da polícia é desarticular mais um núcleo de organização criminosa dedicado à invasão de terras privadas e públicas estaduais.

Segundo apontou o desdobramento a operação Canãã, a quadrilha usa armamento de calibre grande para invadir propriedades rurais nos municípios de Pimenta BuenoRolim de Moura e Seringueiras.

Essa invasão acontece após o grupo mapear o local de interesse. Depois, os criminosos repartem e vendem os lotes aos camponeses e investidores, “mediante pagamento pecuniário ou na forma de veículos e armas”.

Segundo a Civil, são cumpridos 11 ordens judiciais, inclusive busca e apreensão nas cidades Pimenta BuenoRolim de Moura e Seringueiras.

A quadrilha também promete a esses compradores uma legalização da posse. Um desses locais prometidos seria a terra Canaã

Além da Draco, a operação tem a participação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

1° fase da Canaã

 

Operação Canaã: Policiais cumprem mandados em Rondônia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Operação Canaã: Policiais cumprem mandados em Rondônia — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Há quase um ano a Polícia Civil busca combater organizações criminosas que invadem terras em Rondônia. A primeira fase da operação Canaã foi feita em junho do ano passado.

Na época, 17 pessoas foram presas e vários mandados de busca. Após os documentos serem apreendidos, a polícia descobriu mais suspeitos envolvidos na organização criminosa.

Em dezembro do ano passado, cinco pessoas foram presas pela polícia em São Francisco do Guaporé, inclusive líderes da organização criminosa.

Foi descoberto que o grupo criminoso estava reunindo centenas de pessoas sob a promessa de posse perpétua das terras públicas.