Nenhuma criança ou adolescente morreu por efeito da vacina contra Covid no Brasil, aponta boletim do Ministério da Saúde.
Apenas 31% do público-alvo da vacinação infantil contra a Covid-19 foi imunizado em Porto Velho. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) nesta quinta-feira (28).
Na capital, as vacinas pediátricas começaram a ser aplicadas nas crianças de 5 a 11 anos no dia 17 de janeiro de 2022, mas a procura ainda é considerada baixa, de acordo com a Semusa.
“A gente precisa alavancar esses números para não voltarmos aos índices preocupantes”, informou a Divisão de Imunização.
Entre os índices preocupantes estão os números de óbitos. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) apontam que desde o início da pandemia em Rondônia, 29 crianças morreram vítimas da Covid-19.
‘Vacinas são seguras para salvar vidas’
O último boletim epidemiológico sobre Covid-19 do Ministério da Saúde, publicado no dia 26 de abril, informou que nenhuma criança ou adolescente (de 5 a 18 anos) morreu em decorrência de efeito adverso da vacina. O ministério investigou 38 óbitos notificados por governos estaduais e municipais.
“Até o momento, não há registros de EAPV [evento adverso pós-vacinação] com desfecho óbito na faixa etária de cinco a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmada”, diz o documento.
Vacinação contra Covid-19 em crianças no DF — Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde do DF
Em junho de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a primeira vacina para adolescentes a partir dos 12 anos. Já a vacina para os mais novos, de 5 e 11 anos, foi aprovada em dezembro, mas a aplicação começou apenas em 2022.
O relatório, divulgado inicialmente pelo UOL nesta manhã, aponta que foram registrados 3.463 casos de evento adverso pós-vacinação (EAPV) na faixa etária de 5 a menores de 18 anos. Destes, 3.044 (87,9%) foram eventos adversos não graves (EANG) e 419 (12,1%) foram eventos adversos graves (EAG) – 38 (1,1%) casos resultando em morte.
Dos 38 casos, 36 estão relacionados à vacina da Pfizer e dois estão ligados à CoronaVac. A idade média foi de 13 anos, com mesma proporção entre os sexos. O intervalo de tempo entre vacinação e evento adverso foi de 30 dias. Quatro casos ocorreram após 30 dias, “evidenciando uma relação temporal inconsistente de acordo com a classificação de EAPV”, disse o ministério.
Após a investigação dos casos, os 38 óbitos notificados foram avaliados e classificados como:
- Reações coincidentes ou inconsistentes: 23
- Inclassificáveis devido à necessidade de informações: 13
- Dados conflitantes em relação à causalidade: 2
No mesmo boletim, o Ministério da Saúde reforça que as vacinas são seguras e apresentam excelente perfil de risco benefício “já tendo gerado um impacto extremamente positivo na saúde da população brasileira, com a redução expressiva dos casos, internações e óbitos pela doença”.