O Boletim Epidemiológico com dados sobre dengue, chikungunya e zika, da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, divulgado quinzenalmente na página oficial do Governo de Rondônia, registrou de 2 de janeiro a 11 de abril deste ano, a redução de casos de Chikungunya e o aumento de casos de zika e dengue, em comparação ao mesmo período em 2021.

O alerta dos técnicos da Agevisa é para que atitudes populares sejam tomadas em conjunto às ações do Poder Público. O mosquito transmissor das três doenças é o mesmo, mas é apenas a fêmea do Aedes aegypti que causa a transmissão, pois ela precisa de sangue para o “amadurecimento” dos ovos.

“O detalhe é que a fêmea põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva, e o ciclo de transmissão das doenças se mantém ativo em busca do hospedeiro, o ser humano” – alertou o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima.

Dados

O boletim faz parte do processo de prevenção do Poder Executivo para sensibilizar os gestores públicos e população no embate às endemias. O documento é o resultado de um trabalho da Coordenação Estadual de Controle das Doenças Transmitidas pelo mosquito, com monitoramento e indicadores que norteiam as ações públicas. No período de 2 de janeiro a 11 de abril deste ano foram notificados 158 casos de chikungunya e confirmados dez; em 2021 foram notificados 256 e confirmados 22, uma redução de 55% de casos.

Os registros de zika no boletim indicam uma redução em casos notificados de 59,88%; já referente aos casos confirmados, houve um aumento de 17% com relação ao mesmo período de 2021. Em 2022 foram notificados 67 casos e 14 confirmados; no ano anterior esse número foi de 167 notificados e 12 confirmados.

Quanto à dengue, este ano os números são: 5.732 casos notificados, desse número 3.880 foram confirmados e 444 estão sendo investigados; 1.408 foram descartados e três óbitos. Os dados parciais registram um aumento 225, 87% nos casos notificados, em relação ao mesmo período no ano de 2021, sendo que 8% desses, ainda não estão concluídos.

Ainda em relação aos casos confirmados de dengue, no mesmo período de 2021, o aumento foi de 325%. O registro do ano anterior, na mesma semana, foi de 1.759 notificados; 913 casos confirmados; 92 investigados; 754 descartados e dois óbitos.

Boletim

No Boletim Epidemiológico são publicadas as descrições de monitoramento de eventos e doenças com potencial para desencadear emergência de Saúde Pública; análises da situação epidemiológica de doenças e agravos de responsabilidade da Vigilância em Saúde; relatos de investigação de surtos e de outros temas de interesse da Vigilância em Saúde para o Estado. Os dados podem ser conferidos na publicação de caráter técnico-científico, com acesso livre e formato eletrônico.

“Os registros são feitos por uma equipe capacitada e comprometida com o levantamento de dados obtidos por meio de sistema de informação oficiais do programa, oriundos dos 52 municípios. O trabalho é importante para nortear a gestão de saúde pública no Estado” – disse o gerente da Vigilância em Saúde Ambiental da Agevisa, Cesarino Junior Lima Aprígio.

A semana epidemiológica é um acompanhamento rotineiro da vigilância, e os números refletem a necessidade do poder público receber ajuda da população nas medidas de prevenção contra a proliferação do mosquito. Dias de intensas chuvas e a frequência impulsiona a necessidade de limpeza constante de calhas, caixas d’água, vasilhas.

Ações do estado

Entre as ações de prevenção contra a propagação do transmissor das doenças, o Governo de Rondônia conta com o monitoramento e análise das informações epidemiológicas e vetorial; distribuição de insumos para o controle do Aedes; encaminhamento de materiais educativos; capacitação/treinamento e assessoramento das equipes técnicas dos municípios; elaboração de boletins epidemiológicos disponibilizado no site da Agevisa para a divulgação da situação epidemiológica e vetorial; reunião técnica sobre o Combate ao Aedes e Vigilância epidemiológica com os gestores municipais (prefeitos, secretários de saúde e coordenadores de epidemiologia); Regionais de Saúde e suporte de contenção de surto e epidemias com Ultra Baixo Volume – UBV pesada “Fumacê”.

Orientações

Eliminar recipientes como: garrafas, latas, sucatas, entulho de construção, entre outros; tampar ou vedar locais que sirvam de criadouros para o mosquito, a exemplo de ralo de banheiro, caixa d’água e suspiro da fossa; lavar e cuidar de vasilhames que acumulam água e não podem ser descartados como: comedouro para cachorro e vasos de plantas; realizar limpeza nos locais que podem servir de criadouro do mosquito Aedes para impedir o desenvolvimento de ovos e larvas.