Três acusados pela morte do militar do Exército, Carlos Cabixi Wajuru, foram condenados nesta terça-feira (12) pela Justiça de Guajará-Mirim. O crime ocorreu em novembro de 2021.
Foram condenados Genildo Peres Nunes e Rodrigo Figueira Nunes pelos crimes de roubo qualificado pelo resultado morte e ocultação de cadáver. Além de André Elizeu Pereira de Barros por roubo qualificado pelo resultado morte.
Genildo Peres Nunes, o criminoso que era amigo da vítima foi
condenado a 32 anos de reclusão; Rodrigo Figueira Nunes pegou 21 anos e André Elizeu Pereira de Barros a 29 anos.
Carlos Cabixi foi morto pelo amigo Genildo Peres Nunes, um ex-militar, com a ajuda do comparsa, Rodrigo Figueira Nunes. Tudo para roubar a moto da vítima, roubo encomendado por André Elizeu. Genildo disparou na cabeça de Carlos.
O crime começou a ser desvendado com a localização e apreensão da motocicleta da vítima, que foi encontrada na Bolívia. O veículo tinha sistema de rastreamento.
Todo o caminho percorrido pelo veículo, foi devidamente averiguado pela Polícia durante as investigações.
De acordo com informações apuradas pela Polícia, Carlos recebeu uma ligação de Genildo, que era seu amigo, e ex-militar do Exército, oferecendo uma arma de pressão.
Ainda por telefone, Carlos disse para Genildo que deixaria sua esposa na faculdade e iria até a casa dele para ver a arma de pressão.
Por conta da demora em receber as mensagens enviadas pela esposa e não atender as ligações, a mulher informou o fato para a família. Horas depois a Polícia foi acionada.
Rapidamente, os policiais iniciaram as investigações, inclusive verificando os locais por onde a motocicleta teria passado no período da noite de quarta-feira. Câmeras de segurança mostraram o momento em que a vítima chegou em uma vila de apartamentos, no bairro Caetano.
Após cerca de 8 minutos, a moto de Carlos, conforme apurado pelo rastreamento, seguiu até uma residência no bairro Serraria. Uma pessoa acompanhou o veículo em outra moto, pela avenida XV de Novembro, até a avenida Boucinhas de Menezes, bairro Cristo Rei, onde foi deixada a motocicleta de Carlos.
Depois que a moto ser localizada, na Bolívia, os policiais avançaram nas investigações, identificando Genildo, que mora no bairro Caetano, onde Carlos seguiu após deixar a esposa na faculdade.
Enganação
Localizado, ele ainda tentou enganar os policiais dando uma versão contrária do que aconteceu, dizendo que levou o amigo e ele foi morto por três bolivianos. O acusado relatou que na última terça-feira, recebeu uma ligação de André perguntando se ele teria coragem de praticar o roubo de uma motocicleta, com a promessa de ganhar R$ 1 mil.
Aos policiais, Genildo disse que aceitou e escolheu o próprio amigo Carlos como vítima do roubo e disse que atrairia o cabo do Exército até sua casa.
Após arquitetar o plano, Genildo ligou para a vítima e Carlos foi até o local do crime.
Genildo contou que agiram com a ajuda de três comparsas, de nacionalidade boliviana, que aguardaram Carlos chegar na casa e deram um golpe “mata leão” no militar.
Com o avanço das investigações, os policiais chegaram até Rodrigo e constataram que Genildo havia mentido. Rodrigo confessou que ajudou o comparsa a cometer o crime, ajudando-o a dar o golpe, que deixou a vítima desacordada.
Rodrigo relatou que Genildo efetuou um disparo de arma de fogo no rosto de Carlos para terminar de executar a vítima. Disse ainda que Genildo teria limpado a cena do crime.
O corpo foi encontrado já em estado de decomposição na zona rural de Guajará-Mirim. Havia marcas de muita violência, mas os criminosos relataram que o corpo da vítima caiu quando chegavam próximo a um riacho.