Raimundo Nonato da CUT diz que prorrogação foi irregular e fala em improbidade
O ex-conselheiro municipal de previdência do IPAM, Raimundo Nonato da CUT, disse nesta quarta-feira 30.03 que foram os próprios conselheiros eleitos pelos servidores quem aprovou internamente o Projeto de reestruturação do Instituto, aprovado há um mês pela Câmara Municipal que dá poderes do Executivo e enfraquece a participação da categoria nos cargos eletivos.
“Foi tudo de caso pensado. Esses conselheiros foram eleitos em 2017 e em 2020 era para haver convocação da eleição. Com a desculpa da pandemia da Covid-19, o prefeito simplesmente prorrogou o mandato desses conselheiros, na certeza de que iria aprovar o projeto da reforma administrativa do Instituto. Eles estão ao lado do prefeito e não da categoria”, denunciou.
O ex-conselheiro desafiou ainda os conselheiros a pedirem voto para a reeleição. “Quero ver com que moral eles irão pedir o voto dos servidores na eleição do Instituto que deve acontecer em dois meses. Traíram a categoria, baixaram a crista para o prefeito e ainda correm o risco de devolver dinheiro público por estarem irregular no cargo”, disse Raimundo Nonato da CUT.
A desculpa de prorrogação do mandato por causa da pandemia também não se sustenta, defende o ex-conselheiro. Segundo Raimundo Nonato, a pandemia não parou o trabalho da Justiça, e, inclusive houve eleições sindicais, e até eleições municipais em 2020. “Porque só no IPAM a eleição não se realizou, sendo que até os órgãos oficiais e sindicatos, os pleitos foram feitos normalmente?”, questionou.
Ao não convocar a eleição, o prefeito Hildon Chaves, segundo Raimundo Nonato da CUT, descumpriu a lei 404/2010. Raimundo Nonato diz que está de posse de documentação que comprova quem votou a favor e quem votou a favor do prefeito na reunião que deu salvo conduto ao Executivo Municipal ganhar superpoderes no IPAM, em detrimento da categoria. “É esperar para ver. Quando a eleição tiver perto eu vou desmascarar todos eles. Me aguardem!”, ironizou.