Veja os principais acontecimentos dos mercados russos nesta segunda-feira.

O sistema financeiro da Rússia já sente os impactos da invasão do país à Ucrânia.

Após o abalo sentido com o início do conflito, na semana passada, a crise se intensificou depois que nações ocidentais anunciaram um conjunto de sanções duras no fim de semana, incluindo restrições às reservas monetárias russas.

Nas maiores cidades russas, longas filas têm se formado na porta dos bancos, onde a população busca sacar recursos diante da crise financeira que se forma. As retiradas significativas fragilizam o sistema bancário, que pode ficar sem fluxo de caixa – e correr o risco de quebrar.

Segundo o Banco Central Europeu (BCE) a quebra já pode ser uma realidade para a filial europeia do banco russo Sberbank, um dos maiores do país. O Sberbank Europe AG, com sede na Áustria, e suas filiais na Croácia e na Eslovênia, “tiveram saídas de depósitos significativas como resultado do impacto das tensões geopolíticas”, explicou o BCE, segundo a France Presse.

A entidade alertou que “no futuro próximo, é provável que o banco não possa pagar sua dívidas ou outros passivos à medida que vencerem”. O Sberbank Europe AG pertence 100% à central russa do banco. Também possui filiais em Bósnia-Herzegovina, República Checa, Hungria e Sérvia, que seriam afetadas pela quebra, mas estão sob a jurisdição do BCE.

Os dois maiores bancos russos, Sberbank e VTB Bank, têm sido desde quinta-feira alvo de sanções americanas, que buscam limitar suas transações internacionais devido à invasão russa da Ucrânia. As sanções dirigidas ao sistema bancário russo foram reforçadas no sábado com o anúncio de sua exclusão da plataforma de transações bancárias internacionais Swift.