“O tabuleiro do jogo de xadrez é o mundo e as peças são os fenômenos do universo”. – Thomas Huxley (1825-1895).
42 ALUNOS DA EEEFM MURILO BRAGA APRENDEM O JOGO DE XADREZ ENTRE AS AULAS ELETIVAS.
No ensino médio, aulas eletivas são cursos que não se alinham com o currículo tradicional e obrigatório. Os alunos escolhem os cursos não com base em seu potencial de enriquecimento acadêmico, mas para que adquiram e desenvolvam uma habilidade útil, que possa prepará-los para futuras atividades ou sucesso profissional. Eles terão 2/h aulas semanais de Xadrez.
Como Thomas Huxley (1825-1895), dizia “O tabuleiro do jogo de xadrez é o mundo e as peças são os fenômenos do universo”, o ensino dos movimentos das peças do xadrez proporciona às crianças, adolescentes e adultos a inclusão em um mundo fascinante e cheio de simbolismos, desafios lógicos e, principalmente, um motivador campo de autodescoberta. Tal qual em Alice de Lewis Carrol, o tabuleiro funciona como um país das maravilhas. Ao viajar por esse universo metafórico, o enxadrista iniciante enfrenta uma aparente dificuldade em ter um bom domínio sobre os movimentos das peças e também sobre as regras básicas. A complexidade real não é essa, e sim a responsabilidade em optar por uma ou outra jogada, pois faça o que fizer haverá um custo, dificuldade esta que só será palpável na vida adulta. No jogo de xadrez, a guerra é “de mentirinha” e sendo assim eventuais derrotas não causam significativos desgastes emocionais, sobretudo quando se trata de xadrez na escola e não numa escola de xadrez. Posteriormente, após superar a falta de domínio sobre os movimentos, outras dificuldades surgem para os praticantes, mas ao contrário do que possam parecer, esses novos obstáculos são altamente motivadores, pois o praticante fica seduzido pelas múltiplas possibilidades de jogadas e não raramente, até mesmo crianças de oito, nove anos pedem aos pais que comprem um livro de xadrez para poderem estudar as táticas e estratégias do jogo. Isso raramente ocorre quando o assunto é matemática, geografia ou futebol. Esse tipo de encantamento é também visto no campo da literatura, quando a criança ou adolescente descobre o prazer da leitura. Nesse sentido, a leitura, assim como o jogo de xadrez, a música, a dança, jogo de damas e outras atividades lúdico – pedagógicos são poderosos recursos de inclusão social.
Países como França, Canadá, Espanha, Cuba, Hungria, Israel, Iugoslávia, Alemanha, Suíça, Tunísia e a Venezuela avaliaram o singular valor dessa prática esportivo-recreativa e adotaram nos currículos escolares o ensino de xadrez. Na ex – União Soviética e outros países do bloco socialista, desde os tempos da revolução bolchevique, o xadrez é jogado nas ruas, nos jardins, nas escolas e nas fabricas. Nas Filipinas chegou-se a criar um Ministério de Estado do Jogo de Xadrez. Em Cuba, existe o ISLA, que funciona como uma escola de xadrez, da prézinho à pós-graduação.
O Brasil também está descobrindo a relevância do ensino do xadrez nas escolas e a prática da modalidade se verifica nos Clubes de Xadrez, escolas particulares e em inúmeras escolas de rede municipal, espalhadas por todo o país.
As aulas eletivas de Xadrez têm como meta aumentar a atenção e a concentração dos alunos e melhorar seus desempenhos em outras atividades e, em especial, na aprendizagem de línguas estrangeiras.
O Prof. Especialista Jefferson Ryan Ferreira da Silva de Sena enfatiza que a aprendizagem do jogo de Xadrez despertará o interesse dos alunos em aprender uma Língua Estrangeira Moderna e assim abrir oportunidades para trabalhar, viajar e estudar em todo o mundo e, ainda, ofertar importante noção de perspectiva sobre seu próprio país e cultura.